Nabor defende reajuste maior para funcionalismo público



O senador Nabor Júnior (PMDB-AC) conclamou senadores e deputados, nesta sexta-feira (dia 24), a realizarem uma análise profunda da questão do reajuste a ser concedido ao funcionalismo público, categoria que, informou, acumula perdas de 75,48% desde 1995. Ele disse que é obrigação dos parlamentares "corrigir tão gritante injustiça", mas com o cuidado de manter a estabilidade econômica e impedir o retorno da ciranda inflacionária. Nabor lembrou que o Orçamento da União começará a ser discutido em 1º de setembro próximo.

- A questão será submetida ao Congresso Nacional no bojo do Orçamento da União para o próximo exercício, e caberá a nós, parlamentares, com dupla responsabilidade de legisladores e representantes da sociedade, encontrar soluções factíveis e satisfatórias para os dois aspectos do confronto - salientou o senador.

Nabor Júnior lembrou que o Executivo não vem cumprindo dispositivo constitucional que prevê a obrigatoriedade de reajuste linear anual ao funcionalismo civil. Ele observou que algumas categorias têm sido privilegiadas - as chamadas carreiras de Estado, que tiveram aumento entre 20% e mais de 200%, segundo matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo.

O senador acreano acentuou que oferecer um reajuste de "míseros" 3,5%, conforme propõe o governo, a quem está com salários congelados desde janeiro de 1995 "é algo que precisa ser ponderado com serena responsabilidade". Ele citou o caso de um funcionário da Fundação Nacional de Saúde, Gilmar Cabral, que, conforme divulgado pelo Jornal do Brasil, procurou um advogado para ingressar na Justiça, recusando-se a receber o minguado reajuste.

- É forçoso que nos empenhemos em encontrar soluções verdadeiramente capazes de volver a dignidade profissional à categoria, expressa no elementar direito à remuneração e ao reconhecimento de suas tradições de competência e dedicação ao progresso do Brasil por toda a sociedade - concluiu Nabor Júnior.

24/08/2001

Agência Senado


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