Lindberg defende urgência para a reforma tributária
- Não podemos aceitar a presente situação, em que mais uma taxa está para ser aprovada, dessa vez para iluminação pública, sem qualquer preocupação com o peso global dos impostos sobre a sociedade brasileira - observou.
Segundo ele, a falta desta reforma vem penalizando as empresas e o trabalhador, uma vez que o sistema de 62 impostos e contribuições do país não reparte equitativamente seu peso entre os vários setores. No Brasil, o contribuinte paga duas vezes mais impostos do que nos Estados Unidos, quatro vezes mais do que no Japão e 15 vezes mais do que na Argentina, garantiu Lindberg.
Ele lembrou as várias propostas que têm surgido no âmbito do Grupo de Trabalho do Congresso sobre reforma tributária, do qual faz parte. Entre elas, Lindberg apontou a adoção do imposto único no plano federal como uma proposta válida que irá eliminar 99% da sonegação, arrecadando uma soma recorde de R$ 19 bilhões, de maneira bem simplificada.
Para Lindberg, a globalização não pede licença para entrar nos países, os produtos vão chegando e desalojando os concorrentes que não reúnem condições de competir. O Brasil tem necessidade urgente de aprovar uma reforma tributária que simplifique seu sistema para evitar a sonegação e distribuir melhor o peso dos impostos, do contrário suas exportações nunca aumentarão significativamente, concluiu.
Em aparte, o senador José Fogaça (PPS-RS) aplaudiu a seriedade do trabalho do Grupo Parlamentar sobre reforma tributária, mas alertou que as mudanças precisam ser feitas gradativamente, no tempo e no espaço.
17/12/2001
Agência Senado
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