Lobão e Suplicy comemoram resultados do Estatuto do Desarmamento



A aplicação do Estatuto do Desarmamento que vem levando milhares de brasileiros a entregarem armas de fogo à Polícia Federal em troca de indenizações pode cumprir a intenção da lei de diminuir os homicídios e outras formas de violência no Brasil. A opinião é compartilhada pelo presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Edison Lobão (PFL-MA), e pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Presidente da comissão mista que em 2003 analisou medidas contra a violência e deu origem ao texto base do Estatuto do Desarmamento, Lobão lembrou que a intenção dos legisladores foi oferecer esperança à população no combate à violência, por meio de leis eficazes. Os resultados do recolhimento de armas, admitiu o presidente da CCJ, superaram suas expectativas - Não esperávamos que o êxito na arrecadação das armas fosse tão grande, mas nos regozijamos com isso. Se o desarmamento for um instrumento eficaz para o combate da violência, como parece estar sendo, devemos consagrar este momento como um dos mais felizes da história legislativa brasileira. Elaboramos uma lei boa que está agora rendendo frutos que nos encantam. Espero que o resultado final seja o de contribuir efetivamente para debelar o clima de violência que avassala a nação brasileira – declarou. Lobão acredita que a proposta do governo de criação do Dia Nacional do Desarmamento pode ser um momento de mobilização da população contra a violência, sem esquecer a atitude do Congresso de votar o Estatuto do Desarmamento, contribuindo para a paz no país. Suplicy destacou que a reação das pessoas e dos governos estaduais ao que determina o Estatuto do Desarmamento tem sido muito positiva, com resultados importantes - Esperamos que isso envolva uma diminuição significativa de episódios de violência no Brasil. Quase que diariamente temos visto situações de morte, de pessoas feridas e de balas perdidas nos mais diversos lugares. Então, quanto mais conseguirmos recolher as armas e ponderar que é melhor confrontar a força física com a força da alma, menos crimes e homicídios teremos no Brasil – afirmou o presidente da CRE. Ele narrou episódio de que tomou conhecimento esta semana quando esteve em Jundiaí (SP) onde um homem matou outro por conta de uma disputa sobre um celular.

- De repente se perde uma vida porque havia ali uma arma disponível – lamentou.



23/07/2004

Agência Senado


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