Lobão mostra preocupação com idosos



O senador Edison Lobão (PFL-MA) manifestou sua preocupação com o envelhecimento da população brasileira e mundial e suas conseqüências. Em discurso nesta segunda-feira (23), ele lamentou o achatamento das aposentadorias pagas no Brasil. O parlamentar afirmou que, algum tempo atrás, os trabalhadores urbanos brasileiros recebiam aposentadorias próximas aos vencimentos de quando estavam na ativa. Mas isso, disse ele, não mais ocorre. - As avaliações estatísticas demonstram que a maioria (64,9%) dos idosos vive com até dois salários mínimos; 19,4% recebem de dois a cinco salários e 11,2% têm renda acima de cinco mínimos - afirmou o representante maranhense. Lobão lembrou a 2 ª Assembléia Mundial sobre Envelhecimento, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Madri (Espanha), em abril do ano passado. No encontro, a busca pelo ideal do -envelhecimento saudável- foi substituída pelo modelo do -envelhecimento ativo-. Esse novo paradigma foi definido pela ONU como -o processo pelo qual se otimizam as oportunidades de bem-estar físico, social e mental durante toda a vida, com o objetivo de ampliar a esperança de vida saudável, a produtividade e a qualidade de vida na velhice-. - É proporcionar ao idoso o direito e a oportunidade de manter-se no mercado de trabalho adequado aos seus anseios e às suas qualificações, no interesse das necessidades da própria sociedade - afirmou. O senador informou que os idosos no mundo totalizam hoje 646 milhões, número que cresce um milhão a cada ano. No Brasil, são 14,5 milhões. Em 2020 o Brasil será o sexto país mais envelhecido do mundo. Com as novas conquistas da medicina e da tecnologia, que possibilitam ao ser humano viver cada vez mais, a expectativa de vida cresce continuamente, lembrou o senador. No Brasil, em 1950, era de 45 anos. Hoje, atinge quase 70. Em países como o Japão e a Suécia, a expectativa de vida vai até 85 anos, disse Lobão, que elogiou a Campanha da Fraternidade da Igreja Católica, que tem o idoso como tema e o lema -Vida, Dignidade e Esperança-.

- Como legisladores, cabe-nos o dever da criatividade para assegurar aos mais velhos a qualidade de vida a que têm direito no declinar das suas existências - disse.



23/06/2003

Agência Senado


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