Luciana Genro critica a política neoliberal de FHC



A deputada Luciana Genro (PT) disse hoje(08/08), na tribuna da Assembléia Legislativa, que pela 15ª vez o Brasil recorreu ao FMI. "O país terá que reduzir seus gastos em R$ 5,3 bilhões em 2002, para pagar os juros das dívidas interna e externa", criticou a parlamentar, para quem este é o resultado da política econômica do Governo FHC. "O Brasil está sendo obrigado a produzir superávit primário, ou seja a gastar menos do que arrecada, para satisfazer a sanha dos grandes banqueiros e dos grandes especuladores", acrescentou. Ela assinala que de Seattle a Gênova, a cada encontro da OMC, do FMI e do Banco Mundial - trabalhadores, jovens e desempregados também se reúnem para protestar. "Em Gênova, há poucas semanas, um jovem estudante foi assassinado pela polícia italiana, porque estava protestando contra a globalização capitalista, que exclui a maior parte dos trabalhadores e que não oferece nenhuma perspectiva de futuro para a juventude", lamentou Luciana. Para ela, a morte daquele estudante foi um símbolo da morte de milhares e milhares de pessoas que vivem abaixo da linha da miséria. Segundo a deputada petista, no Brasil, esse novo acordo com o FMI representa cortes de investimentos, política recessiva e subordinação aos interesses dos grandes banqueiros e dos grandes especuladores. Esta política que vem sendo implantada pelo governo FHC teve como resultado o racionamento de energia nas regiões Sudeste, Nordeste e agora a região Norte. Esse racionamento de energia, na opinião de Luciana Genro, é a maior demonstração do fracasso dessa política de privatizações, de entrega do nosso Setor Público Energético à iniciativa privada. "Felizmente, o Brasil não é a Argentina, e aqui, além de uma economia muito mais poderosa, temos uma classe trabalhadora também muito mais poderosa. Uma classe trabalhadora que construiu a CUT, o PT, partidos e organizações sindicais, que têm lutado contra esse modelo econômico neoliberal. É exatamente pela resistência da classe trabalhadora brasileira, que no Brasil, não temos ainda uma situação igual à da Argentina", arrematou.

08/08/2001


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