Lúcio Alcântara critica estrutura frágil do Cade, da SAE e da SDE
O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), criticou o fato de todos os integrantes do Conselho Administrativo de Defesa da Economia (Cade) serem de origem paulista, ao encerrar a sessão da CAE que aprovou os nomes dos novos presidentes do Cade, da CVM e das novas agências regionais de desenvolvimento.
- Reconheço competência em todos, não se trata de um comentário pessoal, mas há uma concentração de nomes de um só estado, e isso é muito ruim. É preciso arejar, acabar com o latifúndio paulista - disse Lúcio Alcântara.
O senador também criticou a lentidão do Cade em tomar decisões em pendências que afetam empresas. Segundo ele, o órgão do Ministério da Justiça não tem o "tempo econômico" adequado e, às vezes, demora vários anos para decidir, o que tem criado insegurança econômica e instabilidade jurídica.
- Há empresas e até pessoas físicas sendo prejudicadas pela demora nas decisões. Os prazos têm que ser mais curtos e rígidos - disse o presidente da CAE.
Lúcio Alcântara destacou também o fato de que o Estado brasileiro precisa realmente ser enxugado, mas observou que nas áreas de defesa do consumidor, da economia e da livre concorrência e contra abusos de ordem econômica, precisa na verdade ser fortalecido.
- Se o Estado não for forte e instrumentalizado nestes setores, vai ser forte em quê? O que vemos, ao contrário, é que a estrutura do Cade e das secretarias de Defesa da Economia e de Ação Econômica é insuficiente para as necessidades do Brasil. São órgãos desaparelhados de pessoal e de estrutura - disse o senador.
25/06/2002
Agência Senado
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