LÚCIO ALCÂNTARA DESTACA NECESSIDADE DE DISCUTIR POLÍTICA INDUSTRIAL PARA O PAÍS



O senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) defendeu nesta terça-feira (dia 11) a ativação do debate sobre quais as diretrizes que deveriam conformar uma política industrial para o país, com destaque para uma definição sobre o papel do capital estrangeiro. Ele referiu-se a declarações do secretário de Política Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Hélio Mattar, para quem o Brasil assistirá a uma nova onda de desnacionalizações, que poderá aprofundar a transferência dos centros de decisão de investimento para o exterior.
Conforme salientou Alcântara, o secretário é taxativo ao alertar para a necessidade de elaborar uma política industrial que, a seu ver, deve ser orientada por cinco objetivos: geração de emprego, desconcentração do desenvolvimento, melhoria do balanço de pagamentos, fortalecimento da empresa de capital brasileiro e capacitação tecnológica do país.
O senador também apontou que Hélio Mattar critica políticas industriais promovidas no passado, por terem se caracterizado pelo apoio equivocado a setores industriais específicos, como o de papel e celulose, que teria consumido US$ 13,8 bilhões.
As teses do secretário são polêmicas, enfatizou Alcântara, mas indicam que há um debate sobre a questão dentro do próprio governo. O senador afirmou também sua concordância com a seguinte observação de Mattar: "A não-existência de uma política industrial privilegia as grandes empresas, as companhias estrangeiras, as regiões desenvolvidas e o setor financeiro".
Outro ponto que deve constar do debate, na opinião de Alcântara, é o questionamento do financiamento a empresas estrangeiras no processo de privatização, promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em aparte, o senador Jefferson Péres (PDT-AM) se disse convencido de que países como o Brasil, por seu tamanho, diversidade e desigualdades, não podem prescindir da presença do Estado. Nesse sentido, para ele é inconcebível que a economia brasileira não conte com políticas industrial e regional. Quanto ao BNDES, ele disse que "não há firula que me convença de que está correto financiar empresas estrangeiras na compra de patrimônio público".

11/01/2000

Agência Senado


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