Lúcio Alcântara pede continuidade da política atual de combate à Aids



Por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, comemorado anualmente em 1º de dezembro, o senador Lúcio Alcântara (PSDB- CE) fez um apelo ao próximo governo para que ele não afrouxe a vigilância nem permita um retrocesso no combate à doença.

De acordo com o senador, na década de 80, quando os primeiros casos de Aids foram descobertos, organismos internacionais previam que o Brasil teria, no ano 2000, 1,2 milhão de pessoas infectadas pelo HIV. No entanto, conforme Alcântara, por conta dos esforços de ONGs, de organizações comunitárias e do Ministério da Saúde (MS), hoje o número de brasileiros soropositivos é de 600 mil.

Alcântara destacou, ainda, que a política atual da Coordenação Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde, é elogiada mundialmente pela distribuição gratuita de medicamentos retrovirais aos portadores de HIV. Com isso, foram evitadas, de 1997 a 1999, 358 mil internações por conta de doenças oportunistas, como tuberculose, tendo havido, de 1996 a 2000, uma redução de 66% da mortalidade entre soropositivos. De acordo com o senador, em razão desses resultados, estima-se que o ministério tenha economizado US$ 1,1 bilhão.

A política dos genéricos também foi citada pelo senador como um ponto positivo no combate à Aids no Brasil. Por causa da produção doméstica de medicamentos retrovirais, o custo do tratamento por doente no Brasil é de três a quatro vezes inferior ao dos Estados Unidos.

Alcântara lembrou que o Dia Mundial de Luta contra a Aids foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1987, para reforçar a solidariedade, a tolerância e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV. No Brasil, a data é comemorada desde 1988. Na opinião do senador, o dia representa também a renovação dos compromissos de luta contra a doença, além de levar a uma reflexão sobre a ameaça representada pela enfermidade.

A Aids já matou mais de 20 milhões de pessoas em todo mundo, representando a quarta principal causa de morte no planeta, segundo Alcântara. Além disso, disse o senador, estima-se que mais de 40 milhões de cidadãos estejam infectados com o HIV no mundo.



05/12/2002

Agência Senado


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