LÚCIO ALCÂNTARA PEDE UMA POLÍTICA NACIONAL DO LIVRO



Para marcar a data do Dia Nacional do Livro, que ocorrerá amanhã (dia18), o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) defendeu o estabelecimento de uma política nacional para o setor. Essa política, disse ele, deveria trazer medidas para facilitar o acesso ao livro e para a difusão do hábito de leitura entre a população.

Alcântara elogiou a bem sucedida experiência do Ministério da Educação com o livro didático e sugeriu que este órgão promovesse a instalação de novas bibliotecas e espaços de leitura, ao mesmo tempo em que ampliasse a quantidade de livros paradidáticos em sala de aula. Pediu também que o governo financie a ampliação da rede nacional de bibliotecas, com incentivos a estados e municípios.

Outra providência sugerida pelo senador foi a ampliação de vendas de livros pelo Correio, o que facilitaria a sua comercialização em um país de dimensões gigantescas como o Brasil. Por fim, propôs o incentivo à criação de mais feiras regionais do livro, congregando prefeituras, escolas e livreiros.

Alcântara ressaltou que não há entrosamento entre as editoras, distribuidoras elivrarias, e muito menos entre os produtores e comerciantes de papel. Isso faz com que cada um desses setores culpe ao outro pelo custo extremamente alto do livro, determinando o baixo consumo que, por sua vez, reforça a elevação do preço.

Paralelamente,o senador lembrou que significativa parcela da população brasileira permanece à margem da cidadania, com milhões de brasileiros fora das escolas. Mesmo entre os alfabetizados, muitos não têm o hábito de leitura, e à maioria falta meios financeiros para comprar livros.

O desenvolvimento da informática, para o senador, comprova que a humanidade alcançou novo estágio de desenvolvimento. No entanto, o livro continua insubstituível. Lembrou que não se pode levar o computador a toda parte e, por isso, o livro, como a imprensa, não vai desaparecer.

O senador reconhece que, historicamente, há um aumento no número de exemplares produzidos, assim como no de títulos e no faturamento das editoras. Mas a produção de livros nacionais não é estimulada e autores novos são, em geral, descartados, por não oferecerem retorno financeiro líquido e certo. Para Lúcio Alcântara, é revoltante constatar que há, em todo o país, cerca de 600 livrarias, enquanto apenas na capital da Argentina há mais de mil estabelecimentos.



17/04/1998

Agência Senado


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