Luiz Henrique destaca fidelidade de Covas às suas convicções



Durante homenagem ao ex-governador e ex-senador Mário Covas, nesta terça-feira (29), o senador Luiz Henrique (PMDB-SC) lembrou ocasião em que disputou a liderança da Assembleia Nacional Constituinte com o colega, em fevereiro de 1987. O parlamentar relatou que, após perder no primeiro turno, abriu mão da realização do segundo turno em favor de Covas, porque seu "discurso claro, cristalino, forte, coerente, interpretava a vontade da maioria da bancada do partido [PMDB] na Constituinte".

- Aquele discurso era ao mesmo tempo discurso de ressurreição do partido, de condução do partido para sua linha histórica, era também um discurso de um caminho para a construção de uma constituição democrática perene. E por que Mário Covas sensibilizou a bancada do PMDB na Constituinte. Porque ele tinha uma trajetória de coerência, de sacrifício, de fidelidade às suas convicções. Porque ele havia pago com a cassação de seu mandato pela defesa de suas convicções - recordou.

Luiz Henrique referia-se à ocasião em que Mário Covas fez discurso em defesa do deputado Márcio Moreira Alves, em dezembro de 1968, que redundou na edição do Ato Institucional 5, levando ao endurecimento do regime militar. Márcio Moreira Alves protestava contra a invasão da Universidade de Brasília (UnB) pelos militares.

Luiz Henrique ressaltou que o então senador Mário Covas protagonizou o episódio mais importante do parlamento brasileiro, ao defender a instituição, fazendo uso da liberdade de expressão e da imunidade parlamentar.

Para confirmar sua tese, leu trecho do discurso de Mário Covas, em defesa de Márcio Moreira Alves:

"Não permitais [dizia ele a seus colegas] que um 'delito impossível' possa transformar-se no funeral da democracia, no aniquilamento de um poder e no cântico lúgubre das liberdades perdidas. Ou o Congresso rejeitava o pedido e se afirmava como um poder, ou abriria mão de uma prerrogativa sem a qual não poderia viver."

- Essa trajetória de Mario Covas levou-o à liderança da Assembleia Nacional Constituinte - resumiu Luiz Henrique.

Gestor eficiente

Luiz Henrique mencionou ainda matéria do jornal Valor Econômico, de 7 de março, exaltando a eficiência do ex-governador paulista como gestor. Mário Covas, segundo o jornal, assumiu o governo do estado de São Paulo em 1995 com déficit orçamentário de 21,7%, e, após seis anos de governo, já contabilizava superávit primário de R$ 1,5 bilhão, com previsão orçamentária de R$ 3 bilhões para o sucessor em 2001.



29/03/2011

Agência Senado


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