Luiz Otávio condena racionamento de energia no Pará



A decisão da Eletronorte de promover o racionamento de energia elétrica no Pará, conforme foi noticiado pela imprensa, pegou de surpresa o senador Luiz Otávio (sem partido-PA). Ele entende que o estado, por ser um dos maiores produtores de energia do país, não pode ser prejudicado nem sofrer as conseqüências danosas do racionamento, que traria reflexos negativos na produção e na economia.

Luiz Otávio lembrou que o Pará possui uma das maiores hidrelétricas do país - Tucuruí -, que até o final do ano estará gerando oito mil megawatts de energia. Além disso, observou, o estado abriga três das principais indústrias de alumínio instaladas em solo brasileiro. Informou que a produção de alumínio é praticamente toda exportada, o que ajuda a equilibrar o balanço de pagamentos.

- Além disso, a produção de alumínio requer muita energia, é energia pura - acrescentou Luiz Otávio, ao afirmar que o Pará não é contra a economia de energia elétrica mas, no entanto, não aceita ser obrigado a sofrer o racionamento. Motivo: é superavitário em energia e, por isso, conforme frisou, não é justo pagar o mesmo preço dos outros estados. Quanto a possíveis apagões, o senador foi enfático: "Com relação ao Pará, o governo não pode nem pensar nessa possibilidade", advertiu.

No mesmo discurso, Luiz Otávio criticou Organizações Não Governamentais (ONGs), como o Greenpeace, que estão, a seu ver, prejudicando projetos considerados vitais para o desenvolvimento da Amazônia, como a viabilidade de navegação de rios para escoamento da produção. Ele também voltou a cobrar a recuperação da rodovia Cuiabá-Santarém e elogiou a implantação do projeto Luz no Campo em vários municípios paraenses.

01/06/2001

Agência Senado


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