Lula proporá mínimo 20% maior e manterá projetos sociais de FH








Lula proporá mínimo 20% maior e manterá projetos sociais de FH
- Depois de vários adiamentos, o programa de governo do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, será lançado terça-feira e prevê reajuste de 20% do salário mínimo, crescimento da economia de 5% ao ano e geração de dez milhões de novos empregos até o fim do mandato.

O PT também vai propor uma reforma tributária, com novas alíquotas para o Imposto de Renda, que variariam em 5% - para salários mais baixos - a pelo menos 35% para quem ganha mais.

Na área social, Lula vai manter programas do Governo Fernando Henrique, como o Bolsa-Escola, aumentando o valor dos benefícios.

Os petistas também pretendem formar uma equipe de transição para acompanhar as ações de
cada ministério.

Só 11,7% dos candidatos a deputado estadual são mulheres, apesar de a lei estabelecer uma cota de 30%. Nenhum partido cumpriu a exigência: o PT do Rio, por exemplo, terá só uma mulher na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados.

Afastada do centro do poder desde que acusações de corrupção levaram ao impeachment do presidente Fernando Collor, a tropa de choque collorida está de volta.

A bordo da candidatura de Ciro Gomes, nomes como Roberto Jefferson, José Carlos Martinez, Odacir Soares, além dos caciques Jorge Bornhausen e ACM, voltam a dar as cartas de novo.

As turbulências na economia e as oscilações da campanha eleitoral estão propiciando um aumento do lucro dos bancos. Segundo a ABM Consulting, os nove maiores bancos terão uma alta de 5,6% nos seus ganhos neste primeiro semestre.

O rombo nas contas do estado do Rio já ultrapassa R$ 4 bilhões. O secretário de Controle, René Garcia, admite que só pagará cerca de 10% da dívida de R$ 2,2 bilhões herdada de outros governos.

O maior desafio do estado é equilibrar receita com despesa, conta que tem uma previsão de déficit de R$ 1,3 bilhão.

Pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia revelou que 43% das pessoas no Rio estão com a taxa de colesterol acima do recomendado.

Em São Paulo, resultado foi um pouco melhor: 36% dos exames apresentaram índices altos. O objetivo da pesquisa é convencer o Governo da necessidade de criar um programa de combate ao colesterol.

A queda do poder aquisitivo está levando as famílias a dependerem cada vez mais de financiamentos para pagar suas despesas. Pesquisa da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio) mostra que praticamente dobrou o número de cariocas endividados: eles eram 20% da população em julho de 2000 e chegaram a 39,26% no mês passado.

Pesquisa do Sindicato de Hospitais do Rio revelou que planos e seguros-saúde têm criado facilidades para o usuário, como a liberação automática de senhas, informações via Internet e centrais de atendimento 24 horas, mas investem pouco em saúde preventiva.

Os planos não cobrem iniciativas essenciais para a prevenção, como vacinas e ginástica.

Analistas afirmam que as relações entre os EUA e a Europa tingiram o ponto mais crítico desde a Segunda Guerra. Os dois blocos têm posições conflitantes sobre a criação do Tribunal Penal Internacional, o tratado de Kioto e a crise do Oriente Médio.

Apesar da solidariedade após o 11 de setembro, a Europa está menos tímida e quer ter voz na política internacional.

O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, lança nesta terça-feira, depois de vários adiamentos, o programa de governo prometendo um aumento do salário mínimo de 20% ao ano para que o valor sobre até 2006. Já no ano que vem, o mínimo passaria para R$ 240.

Na área tributária, vai propor novas alíquotas para o Imposto de Renda, que variariam de 5% - para salários mais baixos - a pelo menos 35% para quem ganha mais. Já na área social, Lula se comprometerá a manter os programas do Governo Fernando Henrique, tais como o Bolsa-Escola, o Bolsa-Renda e o Auxílio-Alimentação.

Animado com o resultado do encontro desta semana com o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, o deputado Aloizio Mercadante (PT-SP) quer agora a criação de uma equipe de transição, que acompanhe as atividades dos principais ministérios do Governo.

Mercadante disse que os dois candidatos que forem para o segundo turno deveriam indicar assessores de confiança para formar essa equipe de transição. Eleito o novo presidente, a equipe do vencedor seria reforçado para acompanhar as ações das áreas-chave do Governo.

Os palanques divididos nos estados viraram dor de cabeça para os candidatos à Presidência. Os que mais sofrem com o problema são José Serra (PSDB-PMDB), e Ciro Gomes, da Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT). Os dois candidatos sofrem do mal de ter apoio demais em alguns estados.

A Frente Trabalhista se dividiu no Rio Grande do Sul com o lançamento de Antônio Brito (PPS) e José Fortunati (PDT) para governador. Com isso Ciro está sem poder pisar nos pampas.

Do operário da construção civil que pretende gastar apenas R$ 5 mil na campanha eleitoral ao bispo evangélico que se comprometeu a gastar até R$ 7,4 milhões para tentar se eleger, os eleitores do Rio de Janeiro escolherão, em outubro, entre 21 candidatos, os dois representantes do estado no Senado.

Com 13 candidatos de partidos nanicos na corrida, as duas vagas serão disputadas por velhos conhecidos do eleitorado. O ex-governador Leonel Brizola (PDT), o presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Cabral Filho (PMDB), líder do Governo no Senado, estão no páreo.


Colunistas

PANORAMA POLÍTICO - Tereza Cruvinel

O desejo de mudança do eleitorado foi sondado e medido pela última pesquisa Ibope. É avassalador, alcança 88% dos entrevistados, desejosos de mudança em maior ou menos grau. A última pesquisa Vox Populi buscou traçar o retrato falado do presidente ideal, segundo os traços mais importantes para o eleitor. São eles honestidade, capacidade administrativa e sinceridade.


Editorial

"PRISÕES EM XEQUE"

As gravações terão certamente conseqüências jurídicas. Será lamentável que não passem disso.

Não faz qualquer diferença se Beira-Mar for finalmente condenado a 50 ou cem anos de prisão. A diferença que interessa é outra: de que forma as gravações influem no que ele e seus companheiros podem e não podem fazer enquanto cumprirem as penas.

Por enquanto, pelo que se ouviu, conseguem controlar adequadamente seus sinistros negócios e continuar ganhando fortunas com isso. Fortunas que, habilmente empregadas na compra de consciências, manterão o 'status quo' agora documentado.

Quando foi inaugurada, Bangu I era considerada um estabelecimento de segurança máxima ideal.

Já se sabe que não é. Mas, pelo visto, parte-se para solução igualmente incompetente.


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07/21/2002


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