Lula sobe e outros candidatos caem









Lula sobe e outros candidatos caem
Petista lidera na pesquisa do Ibope, passando de 34% para 35%. Ciro, Serra e Garotinho perderam um ponto

O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu um ponto percentual, enquanto os outros três candidatos, Ciro Gomes (PPS), José Serra (PSDB) e Anthony Garotinho (PSB), caíram um ponto percentual cada um.

De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada ontem à noite pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, Lula se mantém na liderança das intenções de voto com 35%. O petista subiu um ponto percentual e os outros três perderam um, em relação à última pesquisa, realizada entre os dias 10 e 12 de agosto.

Ciro permanece em segundo lugar, caindo de 27% para 26%. Serra, que caiu de 12% para 11%, está em empate técnico com Garotinho, que também caiu de 11% para 10%. Zé Maria, do PSTU, que tinha 1% no último levantamento, não pontuou nessa pesquisa.

Para o segundo turno, Lula e Ciro estão tecnicamente empatados. Lula cresceu 1% e está agora com 43%. Ciro, na disputa com Lula, caiu 3 pontos percentuais, para 44%. Nas outras simulações, Lula e Ciro vencem todos os outros concorrentes no segundo turno contra Serra ou Garotinho.
O Ibope ouviu 2.000 pessoas, em 145 municípios, entre os dias 17 e 19. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos. Os votos em branco e nulos somam 6% e 2% dos candidatos não responderam ou não sabem ainda em quem votariam para presidente da República.

O presidente do PFL, o senador Jorge Bornhausen, disse que, na sua avaliação, o quadro da disputa presidencial no primeiro turno "já está delineado. A disputa mostra que os escolhidos são Ciro Gomes e Luiz Inácio Lula da Silva", afirmou.

Segundo Bornhausen, "nem os debates e nem o horário eleitoral alterarão o quadro, pois há uma tendência de fixação do voto". Sua avaliação é baseada numa margem verificada no decorrer da campanha presidencial até o momento, à realidade configurada pelas pesquisas eleitorais.


Serra abre tiroteio contra Ciro
Horário político gratuito na TV, que começou em ritmo leve na hora do almoço, esquenta no programa noturno

Agora é para valer e vale tudo para atingir o adversário. A estréia do horário gratuito na televisão, que começou em estilo leve no horário do almoço, aumentou de tom e intensidade no horário noturno. O programa de TV do candidato José Serra (PSDB), que está em terceiro lugar nas pesquisas, abriu o tiroteio no horário eleitoral e o alvo escolhido foi Ciro Gomes (PPS), que em segundo lugar, está com 14 pontos percentuais à frente do tucano.

Com imagens de uma entrevista concedida por Ciro a uma rádio, em agosto, o programa mostra o candidato chamando de "burro" e "petista furibundo" um ouvinte. Ciro é acusado de destemperado. As imagens contra o candidato do PPS entraram após a aparição de Serra, como se o programa do tucano tivesse acabado.

Entretanto, a estréia dos programas eleitorais dos candidatos à Presidência da República e à Câmara dos Deputados não atraiu o interesse da população brasiliense nas ruas e nos centros comerciais, na hora do almoço.

Do início ao fim da primeira inserção dos programas na TV, podia-se contar, nos dedos, o número de pessoas que assistiram os programas dos candidatos a presidente e a deputados federais, nas portas de várias lojas de eletrodomésticos do Conjunto Nacional.

Os proprietários e funcionários da maioria das lojas do Conjunto Nacional pareciam não dar muita importância ao início da propaganda do candidatos na TV.

Poucos televisores estavam ligados nos canais abertos e só atraíram aqueles que são fiéis aos seus candidatos ou que gostam de assistir aos programas eleitorais.

Foi o caso do motorista Glauro Pinheiro de Oliveira. Ele diz que só define os seus candidatos depois de assistir a pelo menos um mês de programas eleitorais.

Para outros, como a dona de casa Maria da Conceição de Souza, "propaganda eleitoral na televisão não define eleição". Ela não concorda com o uso da telinha para "os devaneios de políticos que só querem o dinheiro do povo, nada mais".

O Tribunal Superior Eleitoral estabeleceu a seguinte ordem para a veiculação dos programas na televisão: às segundas, quartas e sexta-feira irão ao ar os programas do candidatos ao governos do estados, ao Senado e às assembléias legislativas. Às terças, quintas e sábados serão veiculados os programas dos candidatos à Presidência da República e à Câmara Federal. Os programas serão de 13h às 13h50 e de 20h30 às 21h20.

Show de apelações na estréia noturna
Candidatos dão o tom do que será o horário eleitoral do TSE nas próximas semanas
"Ciro: mudança ou problema?". Dessa forma o programa do candidato José Serra à Presidência da República encerrou, ontem, no horário noturno, sua estréia na propaganda gratuita do TSE, dando o tom de como será a batalha pela preferência do eleitorado nos próximos programas. Mostrando diversas escorregadas de Ciro Gomes em declarações nada amistosas publicadas na imprensa (leia-se principalmente jornal O Globo) o programa de Serra deu sua primeira alfinetada no adversário mais ameaçador, depois de garantir oportunidades de emprego e trabalho para os brasileiros, com a chancela do atual presidente, Fernando Henrique Cardoso, que aposta na "competência, experiência e equilíbrio" do pupilo.

Garotinho, que abriu o horário eleitoral com promessas de salário de R$ 280 em maio de 2003 e de fazer o Brasil de Juscelino e Vargas, preferiu enaltecer as qualidades dos ex-presidentes que mudaram o País. Zé Maria, do PSTU, manteve o velho discurso de "fora Alca e FMI", que o candidato petista Lula já abandonou faz tempo. Depois de apresentar sua equipe e programa de governo, Lula propôs novo contrato social, aumento das exportações, estímulo ao turismo, crédito para micros e autônomos e prometeu um "País da produção e não da especulação".

Rui Costa Pimenta, do PCO, quer um governo dos trabalhadores, promete salário de R$ 1,5 mil e 35 horas semanais entre outros mimos. Mas Ciro Gomes garante teto para 20 milhões de brasileiros, construindo 300 mil casas por ano.

O melhor ficou para os candidatos a deputado federal. O cristão José Sabino, da coligação Brasília com Respeito (Benedito Domingos) começou pedindo "pena de morte, já". Tarcísio Neves, da coligação Brasília Unida, quer os corruptos na cadeia, e prisão perpétua para eles, sem apelação. Professora Nair clama pela parceria da Terceira Idade. E Castelo Branco lembra que pichação é crime, grafite é arte. Mas, show mesmo, é com o Tatico, o "amigo do povão".


Emprego e saúde dominam primeiro programa na TV
Mais empregos, melhoria do sistema de saúde e mais polícia nas ruas. Esses foram temas comuns no primeiro programa eleitoral na TV dos candidatos a presidente: José Serra (PSDB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Anthony Garotinho (PSB), Ciro Gomes (PPS), Rui Pimenta (PCO) e José Maria Almeida (PSTU).

A produção do programa de Serra, que tem o maior tempo na TV, com 10min18seg , conseguiu conciliar uma rápida biografia do candidato, com imagens de diversas épocas de sua vida pública, a uma entrevista, em estúdio, sob o comando da jornalista Valéria Monteiro. Apareceram Chitãozinho e Xororó, Elba Ramalho, a atriz Solange Couto, a dona Jura, da novela O Clone e o apresentador Gugu Liberato.

Em seu primeiro programa, Lula dispensou coloridos e efeitos visuais para, com a metade do tempo de Serra, 5min18seg, veicular aos seus eleitores e aos indecisos, o tema que é o carro-chefe de sua campanha: a geração de empregos. Criticou a decisão da Petrobrás de construir três plataformas marítimas em Cingapura, afirmando que a medida poderia gerar, ao menos, 25 mil novos empregos no Brasil.

Ciro estreou o seu programa, com 4min17seg, ao lado de sua namorada, a atriz Patrícia Pillar, que aparece no programa sem cabelos, ainda na fase de tratamento do câncer de mama, e em imagens mais recentes, com o cabelo crescido. Ciro não falou diretamente para o eleitor, preferiu apostar em imagens que mostram o apoio que sua candidatura vem tendo em vários estados nos últimos meses. A produção do programa mostrou imagens de Ciro em Manaus, Salvador, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo.

Garotinho, com apenas 2min13seg, preferiu falar de suas principais propostas de governo, usando poucas imagens de efeito. Garotinho não detalhou suas propostas, mas repetiu frases-chavões de sua campanha, como "queremos um Brasil moderno e independente" ou "um Brasil dos tempos de Juscelino Kubitschek".

Os programas dos candidatos Rui Pimenta (PCO) e José Maria Almeida (PSTU), os que têm os menores tempos na TV – 1min23seg para cada um - não fugiu ao modelo tradicional da conversa cara a cara com o eleitor. Pelo exiguidade do tempo, os dois resumiram-se a se apresentar para o eleitor e anunciar suas principais propostas de governo.


Quércia toma espaço
O candidato a senador Orestes Quércia (PMDB-SP) dominou o tempo na publicidade eleitoral gratuita na televisão voltado para os candidatos a deputado federal. Todos os postulantes a um cargo no Congresso pediram votos para Quércia e poucos apresentaram propostas próprias.
A aparição de candidato a senador, sozinho, no espaço destinado aos deputados federais, é proibida, mas referências, não.

Durante todo o tempo, no canto superior direito da tela, era mostrada uma pequena imagem de Quércia, discursando. Também era apresentado um logotipo com o nome e número do candidato do PMDB de São Paulo a senador.

O jornalista e escritor Fernando Morais desistiu, segunda-feira, de ser candidato a governador de São Paulo pelo PMDB, denunciando que o partido pretendia reservar a maior parte do tempo na publicidade eleitoral gratuita para fazer campanha de Quércia ao Senado. Morais afirmou, ao renunciar à sua candidatura, que não aceitaria "participar de uma farsa". A sigla, então, chamou o deputado federal Lamartine Posella como novo candidato ao governo.


Liminar garante álcool líquido nas prateleiras
No dia marcado para vigorar a exigência de que só se venda álcool gel, empresas barram medida

Uma liminar suspendeu a resolução da Agência Nacional da Saúde (ANS), que proibia a fabricação e venda de álcool etílico líquido, por questões de segurança, a partir de hoje. Ela foi pedida pela Associação Brasileira dos Produtores e Envasadores de Álcool (Abraspea), que desde a decisão de proibir a venda do álcool líquido no varejo tenta reverter o veto.

"A maioria das empresas tem no engarrafamento do álcool líquido sua principal atividade", diz José Carlos Resende, presidente da Abraspea. Segundo ele, para produzir a versão gel, substituta do álcool líquido, a envasadora deverá investir cerca de R$ 400 mil.

A ANS informou que, ainda hoje, vai recorrer ao Tribunal Regional Federal (TRF) e começará a fiscalização pelas notas de serviços. As lojas e os fabricantes só poderão ter notas com datas anteriores a 28 de agosto. Mas as empresas que entraram com a liminar não poderão ser notificadas pela agência. Ela garante, porém, que a maioria das empresas não está protegida pela decisão da justiça. A idéia da ANS é impedir acidentes com queimaduras, especialmente em crianças.

No supermercados Carrefour, Bom Motivo e Lojas Smart, no Recanto das Emas, o estoque de álcool líquido acabou. Para o gerente do Bom Motivo, Antônio Rodrigues, as vendas continuam as mesmas. "Mas o álcool em gel é mais caro. Enquanto o líquido custava em média R$ 1,97, o gel em média custa R$ 2,50", avisa.

A assessoria do Carrefour afirmou que as vendas de álcool caíram para 20% do que era vendido antes nas lojas de Brasília, devido ao preço alto. Segundo a assessoria, o gel chega a ser 50% mais caro que a forma líquida do produto.

Alguns fabricantes como Reckitt Benckiser, que produz Lisol, a Coal e a Veja, resolveram investir e já colocaram no mercado o álcool em gel com fragrâncias e embalagens em diversas cores. No rótulo, as indicações de que é mais seguro e rende mais, para atrair o consumidor não foram esquecidas.

Mas foi para preservar a filha de 7 anos, que Verônica Macedo Guedes, passou a usar álcool em gel. A menina que se queimou duas vezes – a primeira, com 11 meses pôs a mão no forno quente e, a segunda vezes, meses depois, com um xicara de café. Por isso, Verônica garante que dá preferência par a produtos seguros.

"Só vejo vantagens no gel. Escorre e mancha menos e rende mais. Só que é preciso ensinar algumas empregadas a usar, pois há casos em que estão acostumadas a jogar o álcool líquido por todos os cantos e este não dá para desperdiçar", brinca.


Preço do gás deverá cair mais
O desconto de 12,4% no preço do botijão de gás de cozinha, repassado pela Petrobras, ainda não está sendo aplicado sobre o preço médio do produto no Distrito Federal. O valor médio caiu de R$ 30 para R$ 26,50, esta semana, o que representa uma redução de 11,6%, menor que a concedida pelo governo. O menor preço encontrado, hoje, no DF é de R$ 24 e o maior, R$ 29 (na portaria).
A Secretaria de Fazenda do DF decidiu, ontem, reduzir em 12,4% a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS). "Estaremos enviando uma nova tabela, já com a redução, amanhã (hoje) ao Ministério da Fazenda", garante o secretário Valdivino de Oliveira. Isso pode puxar ainda mais para baixo o preço do gás.

Os distribuidores estão prevendo uma nova queda na semana que vem. "Acreditamos que o preço médio no DF chegue a R$ 25,60 nos próximos dias. Tem muita gente trabalhando com estoques antigos", diz José Agostinho Simões, superintendente do Sindicato das Distribuidoras de Gás (Sindigás).

Os representantes das distribuidoras dizem que o problema não é estoque antigo. "As distribuidoras não estão repassando para a revenda a diferença aplicada pela Petrobras. Vamos denunciar isto ao órgão regulador (Agência Nacional de Petróleo)", garante Álvaro Chagas, presidente da Federação Nacional das Revendedoras de Gás (Fergás). Simões rebate as acusações. "Queremos que eles provem isto".

O consumidor, alheio a este jogo de empurra, quer ver o preço mais baixo. "O gás ainda está caro", reclama o artesão Sérgio Augusto Gonçalves, 30 anos, que foi buscar o botijão na revendora para pagar mais barato pelo produto. Desembolsou R$ 26,50 numa revenda de gás do Guará.
No DF, muitos consumidores estão boicotando os preços altos. "Recebi, hoje, 80 telefonemas e apenas dez pedidos", reclama Gilvan Galdino Lima, gerente da Capital Gás, de Sobradinho. Ele vende o gás a R$ 28, na portaria, e R$ 30, para entrega. "O governo fez a parte dele, mas as distribuidoras não", assegura.

O menor preço aplicado, hoje, para o gás de cozinha é pela Butano Nacional Gás, no Setor de Inflamáveis. Nos postos de combustíveis e em outros pontos de revenda, o preço é um pouco mais salgado (veja a tabela). Está em torno de R$ 26.

A queda do preço do gás ocorreu depois que a ANP ameaçou tabelar o preço caso não houvesse a redução. O gás encareceu muito nos últimos meses por dois fatores: retirada do subsídio do produto, por parte do governo, e a alta do dólar.


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Lauro Aires

Um gringo que chega ao Brasil traz consigo dólares, troca por reais e torra as verdinhas no hotel, no restaurante da esquina, na barraquinha da feira de quinquilharias, enfim, faz a grana circular. Por essas e outras, dizer que o Brasil precisa apostar no turismo


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