Maciel quer inscrever nome de Frei Caneca no Livro dos Heróis da Pátria



O senador Marco Maciel (PFL-PE) anunciou que vai apresentar projeto de lei para incluir o nome do padre Joaquim do Amor Divino Rabelo, historicamente conhecido como Frei Caneca, no Livro dos Heróis da Pátria, guardado no Panteão da Liberdade e da Democracia Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Frei Caneca foi o líder do movimento republicano chamado Confederação do Equador, em 1824, pelo qual Pernambuco transformou-se em Estado independente.

Em conseqüência do levante, Frei Caneca foi condenado à morte e executado por ordem de D. Pedro I no dia 13 de janeiro de 1825.

- A justaposição dos nomes de Frei Caneca e de D. Pedro I no Livro dos Heróis da Pátria (...) seria, ao mesmo tempo, uma reparação ao líder pernambucano e o reconhecimento do Congresso Nacional a um verdadeiro herói da Pátria - disse Marco Maciel.

O senador lembrou ainda que a homenagem a Frei Caneca seria também o reconhecimento de que a forma republicana de governo, implantada no país desde 1891, "é a forma consagrada e duradoura sob a qual o Brasil se estrutura institucionalmente e da qual esta Casa também é guardiã", acrescentou Marco Maciel.

- Ninguém foi mais republicano do que Joaquim do Amor Divino, conhecido por Frei Caneca porque, na infância modesta, vendia canecas nas ruelas pobres do Recife, no período do Brasil-Colônia - disse o senador.

Joaquim do Amor Divino ordenou-se padre em 1799, no Convento do Carmo.

- Foi professor de geometria, retórica, poesia, filosofia e moral. Republicano convicto, participou da Revolução Pernambucana em 1817; foi preso e encarcerado na Bahia, onde ensinava suas ciências a seus companheiros de prisão - destacou Maciel.Libertado em 1821, recomeçou imediatamente a lutar pela independência republicana, escrevendo inflamados artigos no jornal que fundou, Typhis Pernambucano, recriminando a dissolução da Constituinte por D. Pedro e a outorga da Constituição de 1824.

- Preso, Caneca foi condenado à forca. Como os carrascos recusaram-se a cumprir a sentença, Frei Amor Divino foi arcabuzado no Forte das Cinco Pontas, no Recife. Morreu como verdadeiro mártir - encerrou o senador.



18/10/2004

Agência Senado


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