Magno Malta denuncia disseminação do ódio pela internet e diz que CPI convocará diretores do Google
Os diretores do Google serão convocados para explicar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia porque não estariam cumprindo o Termo de Ajustamento de Conduta (PAC) de combate à pornografia infantil e à discriminação em geral, assinado com a CPI e o Ministério Público Federal (MPF). A afirmação foi feita nesta sexta-feira (19) pelo senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI, que anunciou ser o requerimento de convocação da empresa para a próxima quarta-feira (23), às 9hs.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira (19), durante a sessão de homenagem a todas as pessoas que ainda são vítimas de discriminação e preconceito na sociedade brasileira, incluindo negros, minorias e grupos religiosos.
Em pronunciamento da Tribuna, Malta denunciou que embora o Google tenha se comprometido a não permitir na sua rede qualquer site a favor da discriminação, há vários instalados atualmente, inclusive disseminando ódio e pregando a morte do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e também do senador Paulo Paim (PT-RS), autor do Estatuto da Igualdade Racial e do requerimento para a realização da sessão desta sexta.
- Não podemos mais conviver com qualquer tipo de discriminação. Por isso, estou enviando ofício ao Ministério Público para que tome medidas rápidas contra esse tipo de abuso e não convidando, mas convocando o Google para voltar aos bancos da CPI aqui no Senado - declarou Malta.
O senador afirmou que, atualmente, os crimes praticados contra as crianças e os adolescentes já ultrapassam os de narcotráfico no Brasil, considerado o maior abusador de criança do mundo.
- Esse crime movimenta U$ 3 bilhões por ano. Felizmente, a sociedade já está acordada para isso, mas precisamos que acorde também para outros tipos de crimes, como a discriminação racial - destacou o parlamentar pelo Espírito Santo.
Ao encerrar seu pronunciamento, Malta afirmou que se os diretores da Google não comparecerem à CPI na próxima quarta, vai solicitar à Polícia Federal que os traga coercitivamente.
19/11/2010
Agência Senado
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