Magno Malta diz que acredita nos benefícios sociais da CPMF



Em resposta à provocação do colega Papaléo Paes (PSDB-AP), que afirmou pouco antes que ele votaria a favor da CPMF por ser da base do governo, Magno Malta (PL-ES) disse em Plenário que sua posição favorável à manutenção da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF) deve-se ao fato de acreditar que o imposto faz parte da "saúde orçamentária do país" e também ao fato de ele, Malta, "ter a visão posta nos menos favorecidos".

Magno Malta disse também que, se o Democratas e o PSDB assumirem o governo em 2010, irão fazer o mesmo discurso no Congresso e terão parlamentares de seus partidos pedindo novamente, como já o fizeram no passado, a prorrogação da contribuição.

- Imagine que DEM ou PSDB voltem ao poder, desalojem o PT com sua coalizão e ouviremos discursos querendo a prorrogação da CPMF, que agora já vive dentro do Orçamento - afirmou o parlamentar.

Magno Malta elogiou a proposta do atual deputado federal e ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, relator da PEC da CPMF na Câmara dos Deputados, que pretendia propor um escalonamento da contribuição até zerá-la em 2011.

O senador elogiou também a proposta do líder do PMDB, Valdir Raupp, de isentar quem ganha até R$ 1,2 mensais e tem apenas uma conta corrente do pagamento da contribuição.

Magno Malta considera a proposta do PDT, de redução gradual da alíquota, "plausível".

O parlamentar pelo Espírito Santo disse que irá votar pela prorrogação da CPMF por acreditar na necessidade dos R$ 40 bilhões, já inclusos, na sua avaliação, no Orçamento, como forma de garantir as políticas públicas de assistência social, caso do Bolsa Família.

O senador Papaléo Paes manifestou-se acusando o governo de "estar fazendo uma festa inadequada com o que está sendo arrecadado de superávit". Afirmou que a contribuição foi criada para ser provisória e que, embora seu partido, o PSDB, também queira "Justiça para o povo", que cada um vote de acordo com sua responsabilidade, se não estiver comprometido com recebimento de cargos no governo.



17/10/2007

Agência Senado


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