Magno Malta se diz decepcionado com governo federal pela extinção do Fundap
O senador Magno Malta (PR-ES) disse, nesta segunda-feira (16), que está decepcionado com a presidente da República, Dilma Rousseff e com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelas posições que o governo federal vem tomando nos últimos meses, contrárias, em sua avaliação, aos interesses do Espírito Santo.
De acordo com Malta, o governo federal, além de ter concordado com a mudança nas regras de distribuição dos royalties do petróleo — que, segundo ele, vai fazer com que seu Estado perca bilhões de reais — adota também posição favorável a aprovação do projeto de resolução (PRS 72/10) que uniformiza a alíquota do ICMS em operações interestaduais com produtos importados e acaba com o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap).
Segundo ele, com a extinção do Fundap, muitos dos municípios do Espírito Santo vão “quebrar” devido à perda de recursos para investimentos que chegam a R$ 600 milhões.
Magno Malta disse que o ministro Guido Mantega ficou insensível ao apelo feito, nesta segunda-feira (16), pelo governador do Espírito Santo, no sentido da não aprovação do PRS 72/10 na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), amanhã.
— Neste momento o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, encontra-se em Brasília batendo de porta em porta, pedindo pelo amor de Deus, porque simplesmente a conversa com o ministro Guido Mantega foi conversa de bêbado para delegado. Mantega ouviu [Renato Casagrande] como se fosse cego e surdo, e deixou claro que amanhã, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) a base do governo vai passar o rodo — disse.
Magno Malta alertou que a disposição do governo da presidente Dilma Rousseff de apoiar a aprovação do projeto de resolução vai aniquilar a carreira de muitos políticos petistas em seu Estado, como por exemplo, a da ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, que será candidata a prefeita em Vitória.
Processo
Magno Malta anunciou que deverá processar o coordenador nacional setorial do LGBT do PT, Julian Rodrigues, por tê-lo acusado, em nota divulgada no início deste mês, de comportamento “homofóbico e fundamentalista”.
— Eu comunico que processarei criminalmente este rapaz a partir de amanhã. Quero que ele leve, em juízo, as provas do meu procedimento homofóbico, que mostre onde incitei o ódio, onde eu mandei matar, onde eu esganei, onde eu debochei, onde eu o desrespeitei — afirmou.
16/04/2012
Agência Senado
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