No dia de combate à pedofilia, Magno Malta relata avanços obtidos pela CPI



O senador Magno Malta (PR-ES) assinalou a passagem do dia de combate à pedofilia, nesta terça-feira (18). O dia foi escolhido, explicou o senador, por causa do caso Araceli, uma menor que foi raptada, drogada, violentamente morta e carbonizada no Espírito Santo em 1973, crime cujos responsáveis não foram punidos.

O senador afirmou que, no dia anterior, estava com um médico que chorava por não saber por onde começar uma cirurgia de períneo em uma criança de cinco anos de idade.

- Uma menininha de cinco anos, estuprada, rasgada. O médico chorava porque não sabia por onde começar a cirurgia e como costurar aquilo, foi tudo arrebentado numa criança de cinco anos de idade - afirmou o parlamentar.

O senador reafirmou os avanços conseguidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga crimes de pedofilia, como os termos de ajuste de conduta obtidos junto às empresas Google e Microsoft; e os termos de conduta com as operadoras de telefonia.

- O mundo não tem e nós temos - comemorou o senador, que agradeceu a colaboração à CPI do Ministério Público, da Polícia Federal e da organização não governamental Safernet.

Magno Malta lembrou ter sido também contribuição da CPI a lei que tipifica como crime a posse de material com pedofilia. Lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou um prêmio, há um ano, por ter sancionado a lei. Lamentou que o Brasil seja o maior consumidor de pedofilia na Internet, mercado que movimenta US$ 3 bilhões.

O senador também afirmou comemorar que esteja sendo processado pelo advogado do pediatra Eugênio Chipkevitch, que se encontra preso. De acordo com o senador, ele e o senador Romeu Tuma (PTB-SP) estão sendo processados porque o retiraram Chipkevitch do presídio para uma audiência.

- Para mim, ser processado por um advogado de pedófilo é um troféu, é um orgulho - afirmou.

O representante capixaba disse que o projeto que institui no Brasil a pulseira eletrônica para o controle de detentos deve ser votado ainda esta semana. Segundo ele, a pulseira eletrônica é uma forma de diminuir a lotação dos presídios.

Magno Malta foi apoiado, em apartes, pelos senadores Romeu Tuma, Kátia Abreu (DEM-TO), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Marco Maciel (DEM-PE).



18/05/2010

Agência Senado


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