MAGUITO NÃO QUER FUNDO DA POBREZA CUSTEANDO AUMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO



O senador Maguito Vilella (PMDB-GO) criticou a proposta de utilizar parte dos recursos do Fundo de Combate à Pobreza que deverá ser aprovado pelo Congresso para custear o do aumento do salário mínimo. Ao avaliar os resultados dos trabalhos da Comissão Especial Mista para o Combate à Pobreza, da qual foi presidente, Maguito disse que os recursos do fundo devem servir para levar dignidade àqueles que não têm acesso sequer ao salário-mínimo.
- Não venham mais uma vez os economistas do governo federal subjugar aqueles que estão morrendo de fome. Como bem disse aqui ontem (terça-feira, 14) o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), os recursos deste fundo devem ser destinados para quem não tem acesso sequer ao ridículo e humilhante salário mínimo que se paga no país - afirmou.
Maguito esteve recentemente na Índia e em Bangladesh, integrando uma comitiva do Congresso, quando conheceu o funcionamento do Grameen Bank, o Banco do Povo, e o seu fundador e diretor, Muhammad Yunus. Ele disse que a instituição beneficia 2,8 milhões de pessoas em Bangladesh, financiando a construção de casas populares e coordenando ações de saúde, educação e segurança alimentar.
Em aparte, o senador Ernandes Amorim (PPB-RO) lembrou que "há dois ou três anos" o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que criaria o Banco do Povo, mas que a iniciativa ficou só na promessa. Ele opinou que se for destinado um mínimo de recursos para a agricultura, os trabalhadores rurais incrementarão a produção de alimentos do país.
Já o senador Paulo Souto (PFL-BA) também se manifestou contra o uso dos recursos do Fundo de Combate à Pobreza para compensar o impacto do aumento do mínimo na Previdência Social. Ele defendeu o uso das verbas em programas que melhorem a situação de pobres no Brasil. No mesmo sentido, o senador Carlos Wilson (PPS-PE) disse que o Congresso não permitirá que o governo desvie dinheiro do Fundo da Pobreza para outra finalidade que não seja a de diminuir as injustiças sociais do país.

15/03/2000

Agência Senado


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