Maioria dos consumidores brasileiros busca ingredientes naturais ao comprar cosméticos, revela pesquisa



O levantamento Barômetro de Biodiversidade, divulgado em São Paulo, mostra que mais de 90% dos consumidores brasileiros buscam ingredientes naturais quando vão comprar cosméticos e, mais de 80% deles procuram selos éticos e ambientais e querem saber a origem desses componentes. A pesquisa mostra ainda que os brasileiros são os que mais se preocupam com essas questões na hora de adquirir itens como cremes ou xampus.

 “O consumidor é curioso e quer saber as histórias que estão envolvidas na cadeia produtiva, quer saber que o que compra agrega valor para as comunidades que produzem aquele ingrediente”, disse Cristiane de Moraes, representante da organização suíça União para BioComércio (UEBT) no Brasil.

O levantamento reuniu respostas de oito mil pessoas de oito países sobre o conhecimento e a importância que os entrevistados e as empresas conferem aos temas biodiversidade e desenvolvimento sustentável nas relações de consumo e, sobre o conhecimento dessas pessoas a respeito da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

“As pessoas deixaram de dizer apenas que gostam do que é natural. Elas querem saber quais são as práticas por trás daquelas produções. Isso não acontece apenas no Brasil. De forma global, os consumidores começam a se sentir parte daquela cadeia”, acrescentou Cristiane.

A preocupação com essas questões é apontada na pesquisa como importante motivador para as empresas. De acordo com o levantamento, realizado no início deste ano, apenas entre os consumidores brasileiros 69% disseram que deixariam de comprar algumas marcas se soubessem que a empresa não apresenta boas práticas na cadeia de abastecimento.

Entre todos os entrevistados, quase 75% apontam o setor privado e o governo como os maiores responsáveis pelo desenvolvimento sustentável no mundo. Para a representante da UEBT, os empresários estão respondendo à expectativa. “Eles estão vendo a sustentabilidade como um todo. Querem ganhar dinheiro com biodiversidade e já compreendem que isso tem que ser feito de forma sustentável”.

Essa preocupação motivou a organização a dar mais importância a mercados como o Brasil, a Índia e o Peru que, além de serem mercados emergentes, detêm grande parcela da biodiversidade mundial. “As grandes multinacionais e empresas, principalmente do setor cosmético, que é mais mobilizado nesse tema, têm o Brasil como laboratório. Têm interesse em estudar os ativos daqui”, explicou Cristiane Moraes.

 

Fonte:
Agência Brasil



16/05/2012 12:08


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