Mais de R$ 1 milhão serão investidos na cadeia produtiva do oeste paraense
O Projeto BR-163: Floresta, Desenvolvimento e Participação, executado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), com apoio da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e recursos da União Européia, deve divulgar até o fim de julho editais que somam R$ 1 milhão para impulsionar as atividades sustentáveis na área de influência da BR 163.
O anúncio foi feito durante o encerramento do II Ciclo de Debates Estratégicos para o Desenvolvimento Sustentável de Cadeias Produtivas no Oeste Paraense, nesta sexta-feira (25), em Santarém, no Pará.
Poderão concorrer entidades da região que atuam em linhas prioritárias definidas pelo Departamento de Zoneamento Territorial do MMA, responsável pela execução do componente 2 - Apoio às iniciativas de Produção Sustentável do Projeto BR 163. São elas: o fortalecimento dos sistemas produtivos, a capacitação de agricultores e técnicos e o acesso ao mercado.
O coordenador do projeto BR 163, Pedro Bruzzi Lion, explica que as diretrizes e ações estratégicas desenhadas durante todo o II Ciclo de Debates devem estimular os espaços regionais de debate e articulação, mas também incentivar discussões sobre essa temática em nível municipal, local e comunitário.
Babaçu à espera de apoio
O extrativista João Nascimento, do município de Itaituba, foi um dos participantes do seminário em Santarém. Ele fez questão de marcar presença para defender o fortalecimento da atividade extrativista do babaçu. “Precisamos aumentar nossa comercialização. Há mercado, mas não temos infraestrutura adequada. Uma das nossas metas é obter a certificação orgânica do produto para agregar valor”, argumenta.
De acordo com João, a produção do pó do babaçu é feita artesanalmente, sem máquinas e equipamentos que poderiam impulsionar a produção. Ele vende em média 40 potes de meio quilo por mês pelo valor de 10 reais a unidade. “Essa notícia dos editais nos anima muito. Somos quatro famílias em nossa pequena comunidade e, por isso, qualquer ajuda que chegar será bem-vinda”.
O Seminário Final do II Ciclo de Debates durou dois dias e reuniu cerca de 100 pessoas, representantes de produtores rurais, assentados, quilombolas, indígenas e populações tradicionais, organizações sociais locais, poder público, universidades, instituições de pesquisa e desenvolvimento e representantes do setor empresarial e comercial.
Fonte:
Ministério do Meio Ambiente
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25/06/2010 19:52
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