Manifestação tem tentativa de invasão do Palácio do Itamaraty



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Parte da multidão que se reunia diante do Congresso Nacional começou a se deslocar para pontos próximos, como o Palácio do Itamaraty, onde houve tentativa de invasão e quebra de vidros, reprimidas pela Polícia Militar. Os manifestantes também acenderam pequenas fogueiras em diversos pontos. A PM usa spray de pimenta e bombas de gás para conter as ações.

Por volta das 17h30, um grande contingente de pessoas começou a chegar ao gramado na frente do Congresso Nacional. A PM estima o número de manifestantes em 30 mil - bastante superior aos 10 mil registrados na segunda-feira (17).

Com cartazes, narizes de palhaço ou rostos pintados, os manifestantes defendem as causas mais diversas. A biomédica Bruna Helena, por exemplo, protestava contra o projeto do Ato Médico, recentemente aprovado no Senado:
- Todos os profissionais da área de saúde têm o direito de trabalhar. Nós também somos competentes para assumir responsabilidades. Este ato médico é contra a saúde e a favor dos médicos – reclamou.

Já Tatiane Novaes, que trabalha com turismo e projetos sustentáveis, disse ser contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, que restringe o poder de investigação do Ministério Público.

- Uma mensagem muito importante a ser passada é que não somos respeitados como cidadãos. Cidadania é uma palavra que não é muito praticada no Brasil. Cidadania não é moda, é todo dia. A internet tem ferramentas incríveis para exercitarmos a cidadania. Muita gente nem sabe por que está aqui, mas sabe que é importante. Este movimento não pode parar – disse.

Outros alvos de críticas são os gastos com as obras da Copa do Mundo, a falta de recursos para o financiamento da saúde, o voto secreto e o projeto da "cura gay".

A estudante Natália Diógenes foi à manifestação enrolada em uma bandeira do Brasil, segundo ela, para lutar por mudança.

- A gente tem que lutar pela nação e tentar mudar o que está errado. Nosso país tem excelente econonomia e a população está sofrendo. A educação está cada vez pior, a segurança também. Acredito muito nas manifestações e, se a gente não parar, a gente consegue e tudo vai dar certo – afirmou.

Interlocução

O presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou à tarde que pretendia receber representantes dos manifestantes para ouvir as reivindicações. Três pessoas chegaram a tentar falar com Renan, mas não foi confirmado se estavam autorizadas a falar em nome dos demais.

O deputado André Vargas (PT-PR), 1º vice-presidente da Câmara, explicou que não foi possível ouvir pessoalmente os pleitos dos manifestantes em razão da dificuldade para identificar representantes. Ele reiterou, porém, que o Congresso está aberto ao diálogo com os participantes do protesto.

Renan também disse que o Parlamento continua “aberto ao povo” e ressaltou que é preciso ter a humildade e a compreensão de que a política tem que se reinventar sempre.



20/06/2013

Agência Senado


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