Manifestações populares chegam ao Congresso



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As manifestações que ocorreram nesta segunda-feira (17) em várias cidades do país chegaram também ao Congresso Nacional. Por volta das 19h20, parte da multidão que estava reunida diante do Congresso, estimada em dez mil pessoas, conseguiu subir no teto do Palácio.

A presença dos manifestantes levou ao encerramento antecipado da sessão do Plenário. Os senadores Paulo Paim (PT-RS), Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Eduardo Suplicy (PT-SP) foram até o Salão Negro para tentar negociar com as pessoas do lado de fora, mas foram aconselhados pela Polícia do Senado a não permanecer no local. Suplicy disse ter pedido que não houvesse violência.

Ao longo da tarde, diversos senadores discursaram no Plenário sobre as manifestações que tomaram conta do país, desde um primeiro protesto ocorrido em São Paulo, no início da semana passada, promovido pelo Movimento Passe Livre. Além das críticas aos aumentos de passagens, em várias cidades, os gastos com as obras da Copa do Mundo também são alvo dos descontentes.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que os protestos demonstravam que “está em marcha um movimento pela mudança”, com objetivo que vai muito além da manutenção dos preços das passagens de ônibus. José Agripino (DEM-RN) destacou a insatisfação da classe média, que estaria decepcionada com o governo federal, entre outros motivos, devido à inflação.

Já Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) observou que a sociedade cobra uma nova agenda política e econômica. Ele também criticou o governo da capital federal por investir R$ 1,3 bilhão no novo Estádio Nacional e, em sua avaliação, relegar a segundo plano a mobilidade urbana e a infraestrutura.

Jorge Viana (PT-AC), por sua vez, disse que os protestos refletem uma insatisfação generalizada com a vida nas cidades e criticou a polícia por usar métodos violentos para conter os manifestantes. Paim e Suplicy elogiaram a pressão popular e ressaltaram que os atos têm obtido repercussão internacional.



17/06/2013

Agência Senado


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