Paim destaca legitimidade de manifestações populares
Em discurso no Plenário nesta terça-feira (18), o senador Paulo Paim (PT-RS) destacou as manifestações populares que estão ocorrendo nos últimos dias. O senador disse que a movimentação surgiu “no seio da juventude” e avaliou que os protestos são legítimos, necessários e fazem parte da democracia. Paim lembrou que muitos acusavam os jovens brasileiros de terem perdido o poder da indignação.
- Reclamávamos que a juventude estava parada e aí está a juventude fazendo seus protestos – afirmou o senador.
Na visão de Paim, a onda de protestos em várias cidades do Brasil nada mais é do que a “explosão dos tambores” que antes ecoavam pedindo o fim da ditadura, o voto direto e melhores empregos. O senador disse que manifestações ocorrem em todas as partes do mundo e não devem motivar uma “pregação do apocalipse”. Ele lembrou que a Constituição garante a livre manifestação de pensamento e ressaltou que não se pode confundir a violência de poucos com a boa intenção de milhares.
- Não me venham com a ideia de criminalizar as manifestações. Deixem a juventude mostrar ao país com que cores ela quer pintar a aquarela brasileira- declarou.
Para Paim, o povo tem direito de se expressar da mesma forma como o governo tem o direito de mostrar que o Brasil avançou nos últimos dez anos. Ele disse, porém, que o governo tem a consciência de que ainda há muito a fazer. O senador também disse que queria ver manifestações pelo fim do fator previdenciário, pelo reajuste real do salário do aposentado e pelo fim do voto secreto no Parlamento. Paim ainda registrou que as passeatas são contra o aumento das passagens e a favor de mais qualidade na educação, na saúde e no emprego.
- Isso é ruim? Claro que não! É bom! – declarou.
De acordo com o senador, os governantes se afastaram dos movimentos sociais. Para ele, não adianta receber representantes e não atender suas reivindicações. Paim lembrou que o governo tomou medidas como a redução da taxa de energia e a desoneração da folha de pagamento e da cestas básica, mas lamentou que ainda não tenha ocorrido contrapartida do setor privado. O senador disse que as passeatas vão continuar e pediu que os manifestantes protestem sem violência e que os “palácios” ouçam a voz do povo nas ruas.
- Esse movimento é um grito em defesa da democracia e da justiça – concluiu.
18/06/2013
Agência Senado
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