Mão Santa alerta para necessidade de maior atenção para o saneamento básico
O senador Mão Santa (PMDB-PI) citou dados da Organização das Nações Unidas (ONU), através do relatório Programa para Assentamentos Humanos (Habitat), sobre saneamento básico no mundo, para alertar sobre a situação do setor no Brasil. Segundo ele, apenas 59% das casas brasileiras são abastecidas por este serviço, o que leva o país a ocupar o 11º lugar na classificação entre 23 países da América Latina e Caribe. Ele ressaltou ainda que o quadro é extremamente negativo na maioria dos países em desenvolvimento, uma vez que cerca de 1 bilhão de pessoas nesse países sequer tem água potável para beber e 3 bilhões não dispõem de saneamento adequado.
- O relatório da ONU-Habitat revelou também que, no Brasil, dono de 12% dos recursos hídricos do globo, 83 milhões não têm saneamento básico e mais de 45 milhões de moradores carecem de rede de água. Isto, além de lógico entrave ao desenvolvimento das populações, significa também a privação de um direito humano - frisou.
Preocupado com os aspectos negativos para o meio ambiente que o relatório do Habitat aponta, Mão Santa lembrou que nas comunidades onde esgotos correm a céu aberto, as doenças proliferam e a natureza é constantemente degradada, principalmente em conseqüência dos dejetos que são lançados nos rios e terrenos próximos a nascentes.
O senador também se disse preocupado com o número de brasileiros hoje considerados abaixo da linha de pobreza, que somam 57,7 milhões, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tendo por base o ano 2000.
- Quando observamos estes números em relação à Região Nordeste, constatamos que fica ainda pior. O fato reflete a impotência do Estado nos enfrentamentos destes problemas nas últimas décadas - enfatizou, lembrando que o Nordeste tem a maior proporção de pobreza extrema, com 24,1% das pessoas nessa condição.
30/10/2003
Agência Senado
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