Mão Santa convoca peemedebistas a lutar em favor dos aposentados e dos pobres



Depois de ler declarações do ex-presidente nacional do PMDB Ulysses Guimarães feitas em convenção nacional do partido, em 1991, o senador Mão Santa (PMDB-PI) conclamou nesta sexta-feira (21) todos os peemedebistas a lutar em defesa do aposentado, da pensionista -amedrontada-, do deficiente -abandonado- e do pobre -que vai ter de trabalhar muito mais para se aposentar-.

Entre as afirmações de Ulysses, o senador deu ênfase à seguinte: -Nossos mortos, levantem-se de seus túmulos. Venham aqui e agora testemunhar que os sobreviventes da invicta "Nação Peemedebista" não são uma raça de poltrões, de vendidos, de alugados, de traidores.-

Mão Santa acrescentou que quem votar contra a paridade entre ativos e inativos -está amaldiçoado- e cometerá um pecado maior do que o cometido pelo ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, contra os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

- Uma lei contra a paridade é injusta, tira o direito adquirido. Ulysses beijou a Constituição. Como agora vamos escarrar nessa Constituição? Quem não segue Ulysses é um charlatão. É o mesmo que ser cristão e não seguir Cristo. Que este Parlamento não seja tutelado pelo Executivo, que exerça a grandeza dos seus 180 anos - afirmou.

O senador apresentou um quadro sobre o salário de dois auditores fiscais da Receita Federal, um da ativa e outro aposentado, com o mesmo tempo de serviço, um mês antes da Constituição de outubro de 1988, que instituiu a paridade. O servidor da ativa recebia o equivalente a 23,12 salários mínimos, e o aposentado, o correspondente a 4,78 salários mínimos.

- É isso que vai acontecer no futuro, porque o aposentado não pode fazer pressão, não pode fazer a greve que o Lula ensinou. Não vou seguir os líderes que querem rasgar a Constituição - anunciou.

Consciência negra

Mão Santa registrou o transcurso, na última quinta-feira (20), do Dia Nacional da Consciência Negra, e prestou uma homenagem à ex-deputada piauiense Francisca Trindade, do PT, que morreu no início do mandato. Segundo o senador, a ex-deputada continuou a luta de Zumbi e da princesa Isabel, sempre acolheu os sem-terra e lutou para o assentamento de famílias.

- Deus, com sua bondade, a levou. Ela não iria resistir, vendo o pranto dos aposentados, dos pensionistas, dos deficientes. Não suportaria, seria muita humilhação - disse Mão Santa.

O senador elogiou a luta e o estoicismo de Francisca Trindade e afirmou que, com a ex-deputada, o Piauí deu sua contribuição para a grandeza da raça negra.



21/11/2003

Agência Senado


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