Mão Santa defende a volta da Sudene e diz que irregularidades estavam na Sudam
O senador Mão Santa (PMDB-PI) disse nesta quinta-feira (11) que a extinção da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) foi uma ato de "marketing político" do governo Fernando Henrique. Segundo ele, a Sudene acabou pagando por irregularidades descobertas na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
Mão Santa disse que ficou no ar uma imagem negativa da Sudene, que não corresponderia à verdade - segundo ele, a instituição era bem administrada e vigilante quanto à regularidade dos projetos. O senador deu como exemplo as ações moralizadoras promovidas pelo ex-presidente da superintendência general Augusto Rodrigues, que teria vetado o financiamento a uma série de projetos de natureza inidônea. O senador observou, ainda, que a instituição era um celeiro de homens capazes e comprometidos com o progresso do Nordeste.
- A Sudene era a nossa Harvard - disse Mão Santa, em referência à universidade norte-americana mundialmente famosa por formar e abrigar acadêmicos e cientistas do mais alto nível.
Com apoio dos senadores Alberto Silva (PMDB-PI) e Paulo Paim (PT-RS), que o apartearam, Mão Santa pediu ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que recrie a superintendência. E leu manifesto do Instituto Nacional para o Desenvolvimento (Inad) neste sentido. Referiu-se também ao Movimento Acorda Nordeste (Mano), que se reúne no dia 19 em Recife para tratar do mesmo assunto.
- Presidente Lula, lembrai que és nordestino e livrai-nos da lavagem cerebral dos assessores paulistas - apelou o senador piauiense.
11/03/2004
Agência Senado
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