Mão Santa defende operação "mãos limpas" no Brasil
Pesquisa do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB) apurou que, de 1.283 entrevistados, apenas 19,9% têm confiança no Congresso e menos de 3% acreditam na integridade de seus representantes. Baseado nesses dados, o senador Mão Santa (PMDB-PI) defendeu a união de todos em torno de uma operação semelhante à Operação Mãos Limpas, realizada na Itália a partir de 1992, que levou ao banco dos réus líderes políticos, ex-chefes de governo e empresários.
- Chegamos ao fundo do poço. Há 15 anos, a Itália estava mais ou menos como o Brasil está hoje. Faltava autoridade. Faltava moral às autoridades. A união de todos permitiu mudar aquele país - afirmou Mão Santa.
O senador pelo Piauí registrou que nunca viu tanta corrupção, indignidade e sem-vergonhice, sobretudo no estado o qual representa. Mão Santa pediu perdão à população piauiense e à brasileira por ter apoiado e votado no presidente Luiz Inácio Lula da Silva e no governador Wellington Dias, ambos do PT, na eleição de 2002.
Mão Santa também informou que o pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI) julgou procedente ação movida por sua coligação quando disputou, ano passado, a eleição de governador contra Wellington Dias. Os advogados de Mão Santa alegaram que a criação do Centro de Formação de Condutores do Detran-PI, que teria distribuído carteiras de habilitação gratuitamente, seria uma forma de abuso de poder econômico.
Segundo o senador, o relator, Clodomir Reis, considerou a acusação procedente e estipulou uma multa no valor de 100 mil UFIR's, o equivalente a quase 200 mil reais. A cassação do mandato de Wellington Dias, pedida pelos advogados de Mão Santa, não foi aceita.
04/06/2007
Agência Senado
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