Mão Santa defende recursos para área da saúde
O senador Mão Santa (PMDB-PI) defendeu nesta terça-feira (15) a manutenção da obrigatoriedade constitucional de investimento de 25% dos recursos orçamentários em saúde, que foi garantida pela emenda constitucional nº 29. Segundo ele, a negociação entre os governadores e o governo federal para acabar com essa obrigatoriedade deve ser combatida pelo Congresso Nacional.
- É um desrespeito tramar para enterrar a emenda 29 que garante saúde para o povo do Brasil - protestou.
Mão Santa lembrou a luta do ex-ministro da Saúde Adib Jatene para conseguir mais recursos para o setor com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), e a sua posterior frustração, quando os recursos arrecadados foram desviados para outros fins. -Desviaram o rumo da CPMF-, afirmou.
O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que foi o relator da emenda 29, disse que, na época, contou com a ajuda dos parlamentares e dos governadores para garantir saúde aos mais pobres. Para Valadares, ao defender os recursos vinculados à área, o senador Mão Santa está -agindo como homem bom que não se omite-.
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) disse que Rondônia está enfrentando sérias dificuldades na área de hemodiálise, com mortes quase diárias. Ele solidarizou-se com Mão Santa e associou-se aos parlamentares que defendem a manutenção dos recursos para saúde e educação.
Mão Santa ainda leu carta de um médico piauiense que relata as dificuldades enfrentadas pelos hospitais conveniados. Segundo ele, as despesas têm aumentado e os repasses de verbas não sofrem qualquer aumento há oito anos.
- Os hospitais estão demitindo empregados, diminuindo os atendimentos e o número de leitos e até fechando - concluiu o senador.
15/07/2003
Agência Senado
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