Mão Santa defende salário de R$ 275



-Se a Câmara dos Deputados baixar o valor do salário mínimo, terá que mudar o nome para câmara de gás, por levar à morte o trabalho e o trabalhador-, afirmou, em discurso no plenário nesta sexta-feira (18), o senador Mão Santa (PMDB-PI). O senador refere-se à possibilidade de a Câmara reverter a decisão do Senado que fixou em R$ 275 o salário mínimo, quinze reais mais elevado em relação à medida provisória já aprovada pelos deputados federais.

Para o senador, -se diminuir o salário mínimo, não será a Câmara dos 300 picaretas, será de 513 picaretas-, referindo-se à musica do grupo Paralamas do Sucesso. Mão Santa afirmou que R$ 15 a mais são importantes, sim, diferentemente do que diz -a imprensa comprada-, que considera a quantia irrisória e o aumento demagógico.

Mão Santa afirmou que o valor do dinheiro está na necessidade da pessoa que o recebe. -R$ 15 não são importantes para mim, que estou na boa, senador, ganhando muito-, disse, para depois lembrar que nas famílias pobres geralmente mais de uma pessoa recebe o salário mínimo. -Então já são R$ 30, o que pode significar a dignidade para uma família-, justificou.

O senador disse ainda que a decisão de aumentar o salário mínimo foi uma manifestação do -PT bom-. Mão Santa lembrou também que o teto salarial aprovado pelo Congresso é de quase R$ 18 mil, quase cem vezes mais do que o mínimo. -Isso é uma vergonha, queremos recuperar o valor do trabalho-, disse. Mão Santa também elogiou a atuação do senador Paulo Paim (PT-RS), que lutou pelo valor mais alto do salário mínimo.



18/06/2004

Agência Senado


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