Mão Santa diz que tradição do Senado impede simples homologação das reformas



Indignado com as notícias de que o Senado não modificará as reformas aprovadas pela Câmara dos Deputados, o senador Mão Santa (PMDB-PI) lembrou a tradição e a experiência da Casa, espelhada em senadores que são ex-governadores, ex-prefeitos e até um ex-presidente da República. Ele lembrou que o senador Paulo Paim (PT-RS) tem dito que as reformas serão discutidas, analisadas e modificadas pelo Senado se for para atender ao interesse do povo. - Paulo Paim vai ser o nosso líder nessa caminhada para fazer uma reforma que seja melhor para o povo - afirmou. Mão Santa disse que não há matemática que o convença de que a Previdência Social está falida. Segundo ele, a falência se explica pelo desvio de dinheiro para outros fins que não sejam as aposentadorias e pensões, como obras e o pagamento de juros a bancos internacionais. Mão Santa defendeu projeto de lei do senador Paulo Otávio (PFL-DF) que dá mais transparência à administração dos recursos da Previdência e obriga a sua aplicação apenas ao fim a que se destina. O senador Marcelo Crivella (PL-RJ) disse que Mão Santa tem razão quando diz que o Senado tem que discutir e aperfeiçoar as reformas aprovadas pela Câmara dos Deputados, frisando que -o Senado tem que cumprir o seu papel -. O senador Leonel Pavan (PSDB-SC) disse que o Senado só fará um grande trabalho para o país se analisar profundamente as reformas.

- Respeitamos muito a Câmara dos Deputados, mas não somos um órgão homologador das suas decisões - frisou.



19/08/2003

Agência Senado


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