Mão Santa lembra história do Brasil e pede a Lula que abandone bordão
Lembrando que nesta quarta-feira (22) se comemora a descoberta do Brasil pelo navegador português Pedro Álvares Cabral, e que o Brasil acumula mais de 500 anos de história, o senador Mão Santa (PMDB-PI) aconselhou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a não mais repetir o bordão: "Nunca antes neste país".
O senador assinalou que muita coisa foi feita no país antes de Lula assumir a Presidência da República.
- Quase tudo o que tem aí, foi feito por Getúlio Vargas: a Petrobras, a Eletrobrás, o voto secreto, o voto das mulheres, tudo, tudo, tudo - afirmou Mão Santa.
O senador também mencionou a herança deixada por outros governantes, como Dom João VI, Dom Pedro I, Dom Pedro II, a princesa Isabel, Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto e Juscelino Kubitschek, apontando ainda a contribuição de Rui Barbosa para a construção do Brasil.
Mão Santa disse que é preciso rememorar a grandeza da história brasileira e, ainda lembrando o aniversário do descobrimento, pediu que osbrasileiros abandonem o "vício horrível" que têm de minimizar a inteligência dos portugueses. O senador ressaltou que os portugueses "dividiram o mundo com a Espanha e foram os pioneiros da globalização".
O senador Pedro Simon (PMDB-RS), em aparte, citou Dom Pedro II, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek como os governantes de maior importância para a formação do Brasil. Ele também agradeceu a homenagem que Mão Santa lhe prestou em seu milésimo pronunciamento, feito na sexta-feira passada (17).
Mão Santa ainda criticou a atuação da Justiça Eleitoral, que tem cassado mandatos de prefeitos e de governadores, lembrando que ele próprio foi cassado quando governava o Piauí.
- É uma malandragem no Brasil afora, degolando os prefeitinhos por liminares que são vendidas e no outro dia renegociadas - disse o senador.
Mão Santa classificou o sistema eleitoral de corrupto, dizendo "foi por isso que Getúlio Vargas entrou". Na sua avaliação, a corrupção eleitoral está mais vergonhosa hoje do que na época de Getúlio.
22/04/2009
Agência Senado
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