Mão Santa protesta contra decisão sobre representação no Parlasul




O senador Mão Santa (PSC-PI) protestou em Plenário contra a decisão do Parlamento do Mercosul (Parlasul) tomada nesta segunda-feira (13) de que, até a realização de eleições diretas, os integrantes do Parlamento do Mercosul (Parlasul) deverão ser "legisladores nacionais com mandatos vigentes outorgados pelo voto popular", conforme recomendou o Plenário do Parlasul ao Conselho do Mercado Comum (CMC), órgão máximo do bloco.

Pouco depois do pronunciamento do senador, a Mesa Diretora do Parlasul emitiu nota expressando seu "mais enérgico repúdio" à sugestão de que o parlamento viesse a ser integrado por pessoas sem mandato eletivo.

Mão Santa, que não se reelegeu senador nas eleições de outubro passado, sugeriu, por meio de projeto de resolução do Congresso Nacional entregue em novembro, a manutenção da sistemática de indicação indireta desses parlamentares para o período de 2011 a 2012 - enquanto não se façam eleições diretas no Brasil.

O senador pelo PSC opinou que o mais adequado seria a realização de eleições diretas, embora reconheça que o prazo para sua realização, até janeiro de 2011, e o encerramento do prazo da resolução que a previa em dezembro impossibilita sua realização.

- O Brasil que foi retardatário na nossa independência, na libertação dos escravos, na República. Agora é retardatário no Parlamento do Mercosul. É uma vergonha como o Paraguai, minúsculo, mas com passado industrial gigantesco, já fez eleição direta para seus parlamentares - comparou.

Analisando as relações entre os países da América do Sul, Mão Santa também criticou o pequeno fluxo de turistas dos outros países do continente para o Brasil. Recordou, ainda, que só houve uma mudança na postura beligerante entre Brasil e Argentina com os então presidentes José Sarney e Raúl Alfonsín, que assinaram o Tratado de Assunção, criando o Mercosul. 

Dia do Marinheiro

Mão Santa destacou, no início de seu discurso, a celebração nesta segunda-feira do Dia do Marinheiro. Ele reconheceu os inúmeros serviços prestados ao país por essa força da Armada brasileira, destacando a atuação do Almirante Tamandaré na Guerra do Paraguai e do Capitão Pena Boto, comandante de esquadra do navio Almirante Tamandaré, envolvido na tentativa de impedir a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek em 1955.

Na ocasião, recordou Mão Santa, com a morte de Getúlio Vargas e o impedimento de Café Filho, o vice-presidente do Senado, Nereu Ramos, assumiu a presidência e deu posse a Juscelino.

13/12/2010

Agência Senado


Artigos Relacionados


Renovação da Representação Brasileira no Parlasul é aprovada pela Câmara e aguarda decisão do Senado

Almeida Lima protesta contra decisão de Renan sobre CPI

João Pedro: segunda representação contra Renan depende de decisão do Plenário sobre a primeira

CDH protesta contra decisão do STJ sobre estupro de menores, informa Paulo Paim

Renato Casagrande protesta contra decisão do Fisco paulista sobre ICMS

José Nery protesta contra decisão da AGU sobre atos de tortura durante a ditadura