Mão Santa quer refinaria de petróleo no Piauí
O senador Mão Santa (PMDB-PI) cobrou nesta quinta-feira (13) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a implantação de uma refinaria de petróleo no Piauí. Em discurso no Plenário, o senador destacou as indicações de um estudo aconselhando a construção da refinaria no município de Paulistana.
- Dizem que outros lugares têm mais condição de receber a refinaria, mas peço que Lula se inspire no exemplo de Juscelino Kubitschek. Todo lugar tinha mais condição de receber a capital do que o atual Distrito Federal, mas Juscelino quis interiorizar a capital e a construiu em quatro anos - disse.
O senador contou já ter conversado sobre o assunto com o presidente da República e lembrou da ajuda que seu partido deu ao PT, na sua opinião determinante para levar o Partido dos Trabalhadores ao governo do estado. Mão Santa afirmou que o PT não tem prefeituras no Piauí, mas mesmo assim venceu as eleições estaduais. O senador lembrou ainda que Lula havia pedido em reunião com o PMDB ajuda para o governador do Piauí, Wellington Dias. -Já ajudei, agora ajude o estado-, sugeriu.
Mão Santa argumentou que a construção da refinaria no Piauí seria uma demonstração de gratidão de Lula ao povo do estado. Segundo o senador, outros estados do Nordeste - como o Ceará, a Bahia e Pernambuco - têm sido contemplados com órgãos fortes como o Banco do Nordeste (CE), a extinta Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o Porto de Suape (PE). Por isso, ele acredita que o Piauí merece receber a refinaria.
Em aparte, o senador Almeida Lima (PDT-SE) aproveitou citação de Mão Santa ao presidente Juscelino Kubitschek e externou sua admiração pelo criador de Brasília. Afirmou que o que Juscelino fez foi resgatar um anseio histórico da nacionalidade brasileira.
Mão Santa lembrou ainda que a data de hoje, 13 de março, é uma dos mais importantes da história do País. Há 180 anos, relatou, ocorreu no Piauí nesta data a Batalha de Jenipapo, em que piauienses lutaram e morreram pela unidade do país, uma vez que Portugal pretendia ficar com o norte do Brasil apesar de decretada a independência do país.
- Essa guerra é um orgulho para o Brasil. A independência de nosso país não foi presente de pai para filho, os portugueses queriam o norte. Em Jenipapo morreram mais de 200 brasileiros, a batalha foi perdida, mas o povo tomou o palácio do governo no Piauí e o interventor fugiu. Atualmente, o Exército nacional reconhece esta como uma das mais gloriosas batalhas travadas no país e ela passou a ser comemorada. Quero lembrar da participação heróica do Piauí na manutenção da unidade do Brasil - disse.
13/03/2003
Agência Senado
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