Marco Maciel esclarece prazos para tramitação da PEC que prorroga a CPMF



Em entrevista coletiva concedida à imprensa nesta terça-feira (23), o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Marco Maciel (DEM-PE), esclareceu que será de 30 dias corridos o prazo de tramitação na comissão da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 31 de dezembro de 2011. O prazo começou no dia 11 de outubro, quando a PEC foi encaminhada pela Mesa à CCJ, e termina no dia 9 de novembro.

Maciel disse que, dentro desse prazo na CCJ, serão realizadas audiência públicas e aceitas emendas até o encerramento da discussão da matéria. Uma vez aprovado na CCJ, o relatório será encaminhado ao Plenário para leitura e publicação. O relatório só poderá ser incluído na ordem do dia transcorridos cinco dias da sua publicação no Diário do Senado Federal. No Plenário, o parecer será discutido ao longo de cinco sessões e poderá receber emendas de Plenário com apoio de um terço dos senadores (27 assinaturas).

Caso sejam aprovadas emendas de Plenário, a PEC retorna à CCJ para exame e abre-se novo prazo de 30 dias corridos para exame. Retornando ao Plenário, a matéria ainda enfrenta um interstício de no mínimo cinco dias úteis entre o 1º e o 2º turnos de discussão e votação.

A relatora da PEC na CCJ, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), cujo partido fechou questão pela rejeição da prorrogação da CPMF, disse que o prazo de 30 dias será utilizado para tentar convencer os senadores favoráveis à continuação do imposto. Ela lembrou que a CPMF não é um imposto que recai apenas sobre quem tem conta bancária, mas sobre todos os consumidores. A senadora assinalou que os empresários são arrecadadores, pois repassam o imposto em seus produtos e quem paga a CPMF é mesmo o consumidor, independente de possuir conta bancária ou não.

- Não vamos usar nem a metade do prazo que a base do governo gastou na Câmara dos Deputados, cinco meses e meio. Não estamos fugindo da negociação, mas em princípio somos contrários à manutenção da CPMF. Vou utilizar o prazo para convencer os colegas de que o nosso relatório é o mais adequado para o país - afirmou.

Kátia Abreu salientou que, desde o ano passado, o governo aumentou os gastos públicos em 9,2%, enquanto a receita cresceu 13% e o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou apenas 4,5%.Para ela, os índices demonstram que o governo gasta mal e a prova está no crescimento pífio do PIB, apesar do aumento da receita.

- O gasto do governo não está sendo útil para o país - assinalou.

A senadora disse estar certa de que a oposição estará unida na votação em Plenário e que gostaria de receber do governo uma proposta de ampla reforma tributária. Kátia Abreu disse que, neste momento de crescimento da economia, superávit nas contas externas e recordes sucessivos de arrecadação, seria hora do governo retribuir tudo o que foi pago em impostos nas últimas décadas e devolver os R$ 40 bilhões da CPMF aos bolsos da sociedade brasileira.



23/10/2007

Agência Senado


Artigos Relacionados


Maciel esclarece prazos para tramitação da PEC que prorroga a CPMF

Marco Maciel divulga amanhã prazos para discussão e votação da CPMF

Marco Maciel e Kátia Abreu concedem entrevista para esclarecer tramitação da PEC da CPMF

Marco Maciel solicita prorrogação do prazo de tramitação da CPMF

Marco Maciel anuncia nesta terça cronograma de tramitação da PEC da CPMF

Marco Maciel confirma a indicação de Kátia Abreu para relatar CPMF