Marco Maciel homenageia os 180 anos dos cursos jurídicos no Brasil



Autor do requerimento de homenagem aos 180 anos da criação dos cursos jurídicos no Brasil, o senador Marco Maciel (DEM-PE) comentou que o país, após a Independência, carecia de instituições.

- Na Independência, o Brasil era ainda Estado em formação, sem projetos definidos e instituições estruturadas, um quadro que se prolongou até a primeira metade do século 19 - afirmou o parlamentar.

O representante pernambucano lembrou que Tobias Barreto, 30 anos mais tarde, apontava precariedades funcionais. Citou a frase do jurista e escritor: "entre nós, o que há de organizado é o Estado, não a Nação".

Marco Maciel afirmou que o país também não tinha "instrumentos indispensáveis à formatação do Estado nacional", destacando a importância dos cursos jurídicos para a formação de quadros. O senador lembrou que os maiores estadistas do Império foram preparados nas faculdades de Olinda e de São Paulo, que também serviam de "fórum de debate das grandes questões políticas e sociais".

- Joaquim Nabuco, na sua obra clássica Um estadista do Império, dizia que as faculdades de Direito eram, já então, ante-salas da Câmara - afirmou Marco Maciel.

O senador pelo Democratas ainda relembrou o grande intercâmbio entre as duas escolas, citando Ruy Barbosa, que iniciou seu curso em Pernambuco e o concluiu em São Paulo, e o Barão do Rio Branco, que fez o caminho contrário. Além disso, recordou a grande contribuição dos cursos jurídicos nas artes, citando os poetas Castro Alves, Fagundes Varela e Deolindo Tavares.



14/08/2007

Agência Senado


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