Marco Maciel lamenta falta de acordo sobre o clima em Copenhague e aponta vários impasses internacionais



Em pronunciamento nesta segunda-feira (21), o senador Marco Maciel (DEM-PE) lamentou que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 15 , em Copenhague, na Dinamarca, tenha sido encerrada sem que as lideranças mundiais tenham chegado a um acordo sobre os cortes na emissão futura de gases do efeito estufa.

- A década termina com todas as grandes negociações multilaterais em um impasse e com a diplomacia mundial se questionando como dar soluções a problemas globais e, ao mesmo tempo, preservar interesses nacionais - afirmou.

Marco Maciel disse ainda que, em todos esses processos de conversações mundiais, "o que está em jogo é praticamente a mesma coisa: uma nova posição dos países emergentes, o reconhecimento de que a arquitetura mundial mudou e, claro, a solução de um problema global".

O senador lembrou ainda que a Organização das Nações Unidas (ONU) "cada vez mais se encontra paralisada pela incapacidade de deliberar sobre questões essenciais que interessam à humanidade inteira", em que pese o papel destacado do secretário-geral da organização, Ban Ki-Moon.

- O fato é que a ONU tem mostrado, a cada ano que passa, uma certa debilidade na solução dos grandes problemas internacionais. A questão do clima não é o único problema - afirmou.

Há quase dez anos, disse Marco Maciel, os mesmos governos negociam acordos para reequilibrar o comércio mundial, abrindo novas oportunidades para países emergentes e reduzindo as distorções criadas pelas economias ricas. Segundo o senador, a Rodada Doha, lançada em 2001, "está em um estado de paralisia e se não for concluída até 2010, deve ser definitivamente abandonada".

- Não faz sentido continuar negociando algo que por dez anos já não funcionou- afirmou.

Outro impasse na ONU "que dura mais de uma década", segundo Marco Maciel, diz respeito à reforma do seu Conselho de Segurança, instância máxima da entidade que reúne cinco países que detêm o poder de veto (Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra) e que dispõem de um peso "extremamente significativo" nas deliberações da organização.

De acordo com Marco Maciel, os países associados da ONU estranham o imobilismo atual da organização em relação ao Conselho de Segurança. Segundo o senador, países que assumiram um certo protagonismo no cenário mundial, como o Brasil e a Índia, são os candidatos mais visíveis a ocupar uma cadeira permanente na organização, embora isso não queira dizer que não existam outros candidatos.



21/12/2009

Agência Senado


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