Senadores homenageiam Thales Ramalho



O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) homenageou Thales Ramalho, falecido domingo (15) no Recife (PE) após completar 81 anos de idade. Thales, nascido na Paraíba, fez sua carreira política em Pernambuco, foi senador e importante figura na política brasileira, tendo participado de importantes negociações e acordos para a chamada abertura política, na transição do regime militar e, posteriormente, para a escolha do primeiro presidente civil desse período, que foi Tancredo Neves. Thales também teve participação política no governo do presidente José Sarney (cumprimentando Thales na foto), que acabou assumindo o cargo no Palácio do Planaldo devido à morte de Tancredo, um dia antes da posse.
  Devido às suas grandes habilidades políticas, Thales sempre foi considerado como um grande político mineiro, observou Eduardo Azeredo, por ter encarnado os valores mais  prezados e praticados pela tradição política de Minas Gerais. No período da ditadura militar, observou o senador, Thales fez do diálogo e da moderação o meio de lutar pela democratização do país. Enquanto Tancredo Neves se dedicava às articulações no Congresso e Ulysses Guimarães fazia sua memorável pregação cívica, Thales Ramalho fez como secretário-geral do MDB o "trabalho de formiguinha", frisou Azeredo. - Levava e trazia mensagens e ações de negociação entre os oposicionistas e governistas moderados. Simultaneamente, com o fortalecimento do MDB, Thales fez incursões audaciosas em favor da anistia – disse, acrescentando que sua atuação tornou-se ainda mais significativa porque em grande parte do tempo ele exerceu a política com sacrifício pessoal de ser obrigado a usar cadeira de rodas, em conseqüência de acidente de carro que sofreu em 1978. Foi dele a autoria da Emenda Constitucional n° 12, promulgada em outubro de 1978, que assegurava aos deficientes a melhoria de sua condição social, lembrou Azeredo. O senador disse ainda que essa a lição deixada por Thales precisa ser lembrada e refletida neste momento em que surgem no horizonte político do Brasil "algumas nuvens meio carregadas de sinais de autoritarismo". O governo, disse o senador, também precisa relembrar das lições de Thales Ramalho.

19/08/2004

Agência Senado


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