Marco Maciel pede políticas de incentivo para o semiárido



Em discurso nesta segunda-feira (5), o senador Marco Maciel (DEM-PE) sugeriu a implantação de mais políticas públicas para incentivar a economia do semiárido. Ele também defendeu a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC 51/03) que inclui o Cerrado e a Caatinga entre os biomas considerados patrimônio nacional. Para o senador, políticas públicas e de incentivo podem ajudar a acelerar a diminuição das desigualdades regionais brasileiras.

- Acredito que, enquanto não conseguirmos estabelecer políticas públicas voltadas para o fim das desigualdades regionais, não teremos um país do qual possamos nos orgulhar - afirmou.

Marco Maciel disse que o semiárido compreende 1.135 municípios dos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. O semiárido, continuou o senador, abriga mais de 21 milhões de brasileiros e é caracterizado por clima com alta evapotranspiração (perda de água do solo por evaporação e perda de água da planta por transpiração), insolação média de 2.800 horas/ano e baixa e irregular precipitação pluviométrica, ou seja, chuvas extremamente irregulares.

Com esse clima adverso, assinalou o senador, as atividades econômicas da região são prejudicadas, principalmente a agropecuária. Para ele, os bancos oficiais devem praticar juros mais baixos nos financiamentos dos produtores e proprietários rurais do semiárido, até mesmo porque a renda per capita da região fica bem abaixo da média nacional.

Marco Maciel também pediu ao governo federal a liberação de mais recursos financeiros para projetos de irrigação das lavouras do semiárido, principalmente as de Pernambuco, o que ajuda a região a driblar a irregularidade pluviométrica.

- A situação não é apenas de Pernambuco, mas de outros estados do Nordeste. Outros estados do Nordeste também estão sofrendo e muito com a descontinuidade das obras de irrigação, sobretudo porque os tempos que estamos vivendo são tempos marcados por uma grande irregularidade climática - afirmou.

Uma das áreas que podem trazer grandes resultados para o semiárido é a exportação de frutas frescas, cujas vendas caíram 12,1% em 2009, devido aos reflexos da crise financeira internacional, disse o senador.

- O principal obstáculo para o crescimento das exportações, contudo, continua sendo o mesmo, infelizmente: o elevado custo Brasil, sobretudo no que se refere à logística de transportes. Exportar, sabemos, não é simples, é um desafio diário que exige uma boa gestão - afirmou o senador.



05/04/2010

Agência Senado


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