Marcon acusa Pratini de barrar acesso de gaúchos à missão européia



O líder da bancada do PT, Dionilso Marcon, classifica de covarde e mesquinho o comportamento do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, que impediu que a delegação gaúcha, integrada por representantes do governo do Estado e entidades de suinocultores em visita a Santa Catarina, entrassem em contato com a missão européia, que verifica a sanidade do rebanho suíno daquele estado. A intenção dos gaúchos, chefiados pelo secretário substituto da Agricultura, Lino de David, era convidar os europeus para visitarem o Rio Grande do Sul para averiguar as medidas adotadas pelo governo estadual no combate à aftosa. “Este episódio lamentável mostra quem, de fato, coloca questões partidárias acima do interesse público”, aponta Marcon.

O episódio ocorreu nesta quinta-feira, dia 14 de março, em Florianópolis. Segundo Marcon, os gaúchos só ficaram sabendo que não seriam recebidos pela missão européia naquele momento. “O ministro proibiu o encontro, impedindo que formulassem convite à missão européia para estender a vistoria do Rio Grande do Sul também. Seria importante para mostrar ao mercado externo que tomamos todas as medidas necessárias contra a aftosa e atestar a saúde do nosso rebanho”, argumenta.

Para o petista, a intenção do ministro é evitar que o Rio Grande do Sul normalize as exportações. “O ministro perdeu toda e qualquer noção de ética, fazendo qualquer negócio para atingir o governo do PT. No entanto, mais do que prejudicar o governo, Pratini está castigando os produtores e os trabalhadores de seu estado”, critica.

Marcon considera que o episódio confirmou que o ministro “joga contra o Rio Grande”. “Santa Catarina e Rio Grande do Sul integram o mesmo circuito agropecuário. Portanto, o ministro tem a obrigação de agir de forma isenta e equilibrada em relação aos dois estados. Não como está fazendo, ou seja, tomando medidas em relação a um com o propósito de prejudicar o outro”, conclui.

03/14/2002


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