Marcon diz que PFL não tem moral para criticar Uergs



 
O deputado Dionilso Marcon (PT) considera que as críticas do deputado Onyx Lorenzoni (PFL) aos cursos da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul revelam desprezo à democracia e evidenciam o delírio paranóico de alguns membros da oposição. “Trata-se de um cacoete da época da ditadura do qual eles ainda não conseguiram se livrar”, aponta.

Rebatendo as declaração do deputado oposicionista, Marcon afirma que quem tem tradição de se apropriar de recursos públicos para atender interesses privados não é o PT, mas os partidos tradicionais. “A ficha corrida destes partidos têm quilômetros de extensão. Portanto, eles não têm moral para acusar ninguém, quanto mais para levantar suposições levianas e infundadas sobre nosso partido”, enfatiza.

Para Marcon, a nota emitida pelo pefelista criticando o curso de especialização Gestão Pública Participativa mostra as reais intenções da oposição em relação ao Orçamento Participativo e às alterações decorrentes na administração pública estadual em função da participação popular. “Ele (Onyx) afirma claramente que o curso não terá nenhuma validade depois de 6 de outubro, se houver alternância no Piratini. Isso representa um desrespeito à população gaúcha, que debateu exaustivamente a proposta de criação e implantação da Uergs, e só não irá ocorrer porque iremos garantir a continuidade do governo democrático e popular”, assinala.

O petista afirma ainda que só a visão estreita da oposição não consegue estabelecer a relação entre o curso de Gestão Pública Participativa e a questão do desenvolvimento regional. Marcon argumenta que o curso de especialização atende aos interesses das organizações que buscam a modernização, ampliando a democracia interna, a transparência e a participação de todos os seus atores. “Para a oposição, acostumada a administrar de forma centralizadora e autoritária, é difícil entender o papel da democracia e da participação popular, que é justamente ampliar as formas de controle social e evitar desvios”, argumenta.

O petista afirma ainda que o deputado do PFL tem demonstrado extrema má vontade com a Universidade Estadual. “Ele teve que engolir a Uergs, pois do contrário estaria comprando briga com a população gaúcha. Agora, torce para que a nova instituição dê errado. Um comportamento que revela mesquinhez e inveja da parte daqueles que, quando estiveram no poder, não tiveram interesse, coragem e competência para criar uma universidade pública estadual”, conclui.


01/11/2002


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