Marcon diz que PFL torce para que Uergs não dê certo



O deputado Dionilso Marcon (PT) contesta as críticas do presidente da Comissão e Educação, deputado Onyx Lorenzoni (PFL), a respeito dos convênios firmados entre a Uergs e outras universidades. Marcon frisa que os convênios com as universidades comunitárias são públicos e transparentes, não havendo nada de irregular, como sugere o deputado da oposição. "Os editais referentes a estes acordos foram devidamente publicados no Diário Oficial, ao contrário dos contratos firmados pelo governo anterior com as montadoras de automóveis, que foram feitos na cladestinidade, sem o conhecimento da oposição”, compara o petista.

Marcon afirma que as críticas do deputado do PFL cabem muito bem para os partidos que integram a oposição, mas não para o PT. “Quem tem tradição de fazer acordos espúrios de Norte a Sul do Brasil não é o nosso partido, mas os partidos tradicionais, que têm uma vasta ficha corrida, repleta de corrupção e irregularidades”, acusa.

Para o parlamentar, o presidente da Comissão de Educação ainda “não engoliu a Uergs”, agindo deliberadamente para atrapalhar a implantação e o funcionamento da nova instituição. “Onyx sempre foi contra a criação de uma universidade estadual, quando integrava o governo Britto e agora que está na oposição. Durante o processo de discussão do projeto de lei que cria a Uergs, ele teve que se curvar à vontade popular, pois do contrário teria que arcar com o ônus político de sua antipatia pela iniciativa do governo. Mas foi puro jogo de cena, tanto é que agora torce para que a universidade estadual não dê certo”, avalia.

Na opinião do petista, os argumentos da oposição para se contrapor à Uergs revelam cinismo político. “Quem tem larga experiência em punir os questionadores é a oposição. O Rio Grande ainda tem na memória a forma com que os movimento reivindicatórios eram recebidos pelo governo anterior, com tropa de choque e cães treinados para o ataque”, lembra. Da mesma forma, segundo Marcon, é a oposição que costuma premiar os amigos com benesses e castigar o povo com rigor. “Há poucos dias, na votação do PIC, livraram as grandes multinacionais da alteração da alíquota de ICMS, prejudicando todo o setor primário e mais de 40 produtos de consumo popular, que continuarão pagando o imposto estipulado pelo governo anterior”, assinala.

01/17/2002


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