Marcon propõe audiência entre Legislativo e governo para debater estiagem



O deputado Dionilso Marcon (PT) propôs ontem, durante a reunião da Comissão Representativa da Assembléia Legislativa, a realização de uma audiência pública entre os parlamentares e o Executivo para debater os problemas da estiagem, que atinge cerca de 40 municípios gaúchos. A intenção do petista é colocar o Legislativo a par das medidas que já estão sendo tomadas pelo governo e somar esforços para buscar recursos federais para compensar as perdas dos produtores. A reunião deverá ocorrer na próxima terça-feira, dia 22 de janeiro, com a presença do secretário da Agricultura, José Hermeto Hoffmann, e do secretário do Interior, Dirceu Lopes.

O parlamentar frisa que, apesar de ainda não existir um levantamento preciso das perdas nas lavouras, o governo do Estado já adotou um conjunto de medidas visando reduzir os prejuízos dos agricultores. Ele cita a antecipação dos recursos do RS Rural para os municípios que estiverem em dia com a contrapartida e com a prestação de contas, a antecipação dos recursos para a perfuração de poços tubulares e a prorrogação do Programa Troca-troca de Sementes para o milho e feijão. Além disso, o Banrisul irá disponibilizar R$ 1 milhão para custeio de insumos e garantia de crédito para a segunda safra de feijão, safrinha de milho e trigo para o inverno.

Marcon também rebate as críticas da oposição. “Enquanto a Defesa Civil está fazendo o levantamento dos prejuízos, o secretário da Agricultura viaja para as Missões para verificar a situação in loco, e o secretário do Interior está se reunindo com prefeitos para agilizar a implementação das medidas, o PPB discute a questão da seca comendo picanha no litoral”, ironiza o petista.

O parlamentar estranha que os correligionários do Ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, não tenham feito qualquer menção de buscar verbas federais para ressarcir os prejuízos das lavouras gaúchas. “Ao invés de criticar o governo do Estado que está trabalhando rápido, a oposição deveria descruzar os braços e exigir resultados do ministro da Agricultura. Não adianta só lamentar os prejuízos dos agricultores. É preciso trabalhar”, aponta.

O deputado lembra que a estiagem que atinge o Estado, ao contrário do que ocorreu em 1999, é concentrada em algumas regiões, especialmente nas Missões, e em algumas culturas, como o feijão, o milho, a soja e as pastagens.


01/16/2002


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