Marcon teme rumo da Comissão de Agricultura em 2001



O deputado Dionilso Marcon (PT) está apreensivo com os rumos da Comissão Agricultura e Cooperativismo no próximo período. Ele teme que a instância passe a funcionar como um fórum de defesa dos grandes latifundiários no Estado e restrinja o debate e a busca de soluções para a democratização da terra no Rio Grande do Sul. “Seria um grande retrocesso ver a comissão transformada em braço do latinfúndio”, afirma. Marcon lamenta que o PPB tenha indicado para a presidência da Comissão um parlamentar que está perdendo a afinidade com o setor agrícola. O petista se refere ao deputado Frederico Antunes, cuja família está se desfazendo de propriedades em Uruguaiana. “Muitas vezes, o deputado do PPB subiu à tribuna para criticar o MST, afirmando que não se deve dar terras a quem não tem vocação agrícola. Será que este princípio também se aplica ao caso do deputado, que está se vendendo suas propriedades”, questiona o petista. Marcon afirma que, ao invés de criticar, o deputado Frederico Antunes (PPB) deveria se aliar ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no combate à política agrícola do governo federal. Marcon lembra que a família do pepebista está vendendo propriedades em Uruguaiana, provavelmente em função da política nacional para os arrozeiros, marcada pela abertura indiscriminada aos produtos dos países do Mercosul, inexistência de política de crédito, preço mínimo e armazenamento, além do falta de solução para o problema das dívidas.

02/06/2001


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