Comissão de Agricultura e Pecurária debate com Fetag o Grito da Terra/ 2001
O Movimento Nacional "Grito da Terra 2001" e suas repercussões na agricultura gaúcha foi o tema discutido hoje(7)pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, presidida pelo deputado Frederico Antunes (PPB), com os representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag).
O deputado Frederico Antunes destacou que a reunião busca ouvir as principais reivindicações do movimento que traçou metas como a ampliação dos recursos para o setor em cerca de R$ 8 milhões, a criação do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) para a habitação, além da ampliação do seguro agrícola estadual.
O presidente da Fetag, Heitor Schuch, lembrou que o Grito da Terra já está na 8ª edição, sendo um esforço do sindicalismo rural brasileiro para reunir os agricultores e estabelecer uma pauta que permita deflagrar um processo de esclarecimento e negociação dos pontos com os órgaos governamentais responsáveis. Ele acrescentou que em outro momento, as discussões culminam com manifestações nas capitais do país e em Brasília, encaminhando às instituições do governo essas reivindicações e pressionando pela sua implementação. O presidente da Fetag ressaltou que a agricultura familiar precisa ser prioridade, já que não está havendo investimentos nesse segmento e defendeu a garantia de liberação dos R$ 4 bilhões para os assentados do Pronaf prometidos pelo governo, que até agora destinou apenas 35% da verba, cerca de R$ 1 bilhão.
Heitor Schuch lamentou que a falta de recursos para a agricultura tem em conseqüência a importação pelo Brasil de produtos como o trigo, e caso não venha a ser modificada esta estratégia, prevê que em dez anos o País poderá sofrer um colapso no abastecimento de alimentos.
O assessor de política agrária da Fetag, Anselmo Piovesan, disse que as pautas nacionais do Grito da Terra serão encaminhadas aos Ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Previdência e do Trabalho, e as pautas regionais serão incluídas para negociação com as Secretarias Estaduais da Agricultura, do Meio Ambiente e da Saúde. Ele enfatizou que entre os principais pontos de discussão com as autoridades gaúchas estão o crédito fundiário, o Banco da Terra, o seguro agrícola e a futura universidade estadual (Uergs), reiterando a proposta da Fetag pela interiorização da nova instituição de ensino superior, com o estabelecimento de 30% das vagas da Uergs para os filhos de agricultores.
06/07/2001
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