Marcos Guerra cobra política de geração de empregos do governo federal
O senador Marcos Guerra (PSDB-ES) cobrou do governo federal uma política de incentivos à geração de empregos nas micro, pequenas e médias empresas, além de reivindicar investimentos na infra-estrutura econômica e social do país e a redução da carga tributária. O parlamentar também criticou, pelo suposto caráter eleitoreiro da medida, a decisão do atual governo de liberar duas parcelas extras do seguro-desemprego para 75 mil trabalhadores dos setores de calçados, móveis e máquinas agrícolas demitidos em dezembro de 2005.
Segundo adiantou, o benefício concedido a esses desempregados deverá consumir R$ 72 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Marcos Guerra analisa a iniciativa como "uma prova da incapacidade desse governo em atuar sobre a raiz do problema, que é a geração de novos empregos, preferindo recorrer a medidas assistencialistas".
Ainda sobre o tema, o tucano comentou resultado de recente estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que apurou um contingente de 2,3 milhões de desempregados, em junho passado, nas seis principais regiões metropolitanas do país. A pesquisa apontaria também aumento de um ponto percentual nessa taxa de desemprego em relação à medida em junho de 2005, o equivalente à adesão de mais de 280 mil trabalhadores nas estatísticas do desemprego nessas regiões.
Em aparte, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) expôs dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, relativos ao saldo entre admitidos e demitidos no país nos últimos dez anos. Sobre o Espírito Santo, a petista assinalou um saldo positivo superior a 114 mil empregos gerados entre 2003 e maio de 2006. Marcos Guerra atribuiu esse resultado aos esforços do governo estadual.
08/08/2006
Agência Senado
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