Marinor pede que Senado repudie regimes ditatoriais e intervenção militar




A senadora Marinor Brito (PSOL-PA), em discurso nesta segunda-feira (28), disse que o Senado deve tomar uma posição em relação aos conflitos que estão ocorrendo atualmente em países árabes que, até pouco tempo, conforme afirmou, eram tomados como exemplo pelas potências ocidentais. Para a senadora, além de expressar seu mais duro repúdio ao regime líbio, o Senado deve condenar explicitamente a intervenção militar estrangeira.

Marinor Brito afirmou que, por trás da intervenção militar no mundo árabe, após as revoltas iniciadas pela população, está uma decisão estratégica: a necessidade das forças do capital, capitaneadas pelos Estados Unidos, de assegurarem o domínio direto das fontes produtoras de petróleo.

O Senado, disse a parlamentar, também deve manifestar o entendimento de que, na oposição ao ditador líbio, se misturam setores contraditórios e que, portanto, apoiar incondicionalmente generais que até ontem comandavam a perseguição e a morte de opositores de Muamar Kadafi é um erro. O apoio e solidariedade das instituições democráticas do Brasil devem ser reservados exclusivamente àqueles que lutam por uma Líbia democrática e independente, afirmou.

Marino Brito ressaltou a presença, nas revoltas árabes, de jovens, operários, camponeses, militares, homens e mulheres, cristãos e muçulmanos, lutando por emprego, democracia e liberdade, derrubando ditadores até então financiados pelas potências ocidentais, e não extremistas e fundamentalistas numa guerra contra a sociedade judaico-cristã ocidental, como, na opinião dela, o mundo imperialista tentou demonstrar. O conteúdo das revoltas não é somente religioso, mas principalmente, econômico e político, afirmou.

O Senado deve ainda, disse a senadora, defender uma saída que permita ao povo líbio e ao povo dos demais países árabes construir uma nova ordem social, política e econômica.

- Cumprindo estas tarefas, o Senado Federal do Brasil estará dando uma efetiva contribuição, não só aos países árabes, mas ao povo brasileiro e a todos que lutam por liberdade, solidariedade e justiça em todo o mundo - disse.



28/03/2011

Agência Senado


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