Mário Couto afirma ser vítima de 'leviandades' de jornal paraense



O senador Mário Couto (PSDB-PA) questionou, nesta quarta-feira (21), a credibilidade do jornal Diário do Pará, que na semana passada divulgou notícia a respeito do bloqueio de seus bens, decretada pela justiça paraense por irregularidades ocorridas à época em que ele integrava a Assembleia Legislativa. Para Couto, a publicação, que classificou de “jornaleco”, não se preocupou em descobrir a verdade.

Chamando a notícia do jornal de "leviandade", o senador relatou que presidia a Assembleia à época em que houve irregularidades e danos ao Erário, hoje investigados pela justiça por iniciativa do Ministério Público, mas comparou sua situação à de outros políticos.

- Sarney não viu também o que aconteceu na época do seu diretor administrativo. O Lula também não viu, a Dilma também não viu. O ex-presidente da Assembléia [o próprio Couto] também não viu. O Presidente do Tribunal de Justiça da minha terra também não viu, mas tudo bem. Como não devo nada, e falo aqui, Pedro Taques, batendo no meu peito: não devo nada. Quem quiser vasculhar, pesquisar a minha vida, pode vasculhar e pesquisar.
Couto explicou que, de fato, seus bens chegaram a ser bloqueados, mas a decisão foi revogada pelo Tribunal de Justiça do Estado.

- Esse jornaleco já sabia ou devia saber que a indisponibilidade dos meus bens já tinha sido cassada pelo Tribunal de Justiça, por reconhecer que a medida era extrema - disse.

O parlamentar criticou a direção do Diário do Pará, que, em sua opinião, enriqueceu com o dinheiro do povo paraense. Couto disse que, enquanto isso, ele mesmo tem poucos bens, além de uma dívida de R$ 115 mil com o Banco do Brasil, paga em prestações de R$ 4 mil mensais.

Mário Couto se disse disposto a abrir mão de seu sigilo bancário, mesmo sem ordem judicial, e prometeu fazer uma vigília no Plenário até que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise as dezenas de processos “engavetados” envolvendo políticos.

- Não respondo a crime nenhum. Quem responde por vários crimes são pessoas que nem deviam estar aqui no Senado, que já deveriam ter sido julgados pela justiça - avaliou.



21/11/2012

Agência Senado


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