Mário Couto anuncia vigília pela votação de projeto em favor de aposentados



O senador Mário Couto (PSDB-PA) anunciou que, se o projeto de lei do senador Paulo Paim (PT-RS) relativo ao reajuste de pensões e aposentadorias (PLS 58/03) não entrar em pauta até a próxima quarta-feira (9), começará uma vigília em Plenário.

- Vou ficar aqui neste Plenário noite e dia. Não quero nem tomar banho, para ficar bem fedorento, para que sintam o fedor do meu corpo. E depois de uma semana, entrarei em greve de fome, até que seja resolvido o problema dos aposentados - prometeu.

O representante do Pará lembrou que o projeto de Paim - a quem chamou de "grande comandante" - já tramita na Casa há cinco anos:

- Não adiantam mais palavras. Agora, ou dá ou desce. Agora, tem que fazer. Agora, temos que dar um pouco do nosso sofrimento a esta classe - afirmou.

Mário Couto disse que o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, lhe assegurou que o projeto entra na pauta da Ordem do Dia tão logo sejam votadas as duas medidas provisórias que impedem outras votações. Na sua avaliação, há uma "ditadura política" que não permite a votação do PLS 58/03 no Senado, que só vota "medidas provisórias cujo dinheiro já foi gasto pelo governo".

Em aparte, Paim informou que uma delegação de aposentados vai comunicar a Garibaldi que, caso o projeto não seja votado na próxima semana, irá aderir à vigília proposta por Mário Couto. A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) considerou que o senador pelo Pará expressa, com muita veemência, a indignação dos demais parlamentares.

Já os senadores Flávio Arns (PT-PR) e Romeu Tuma (PTB-SP) sustentaram que a luta pelos aposentados não encontra oposição entre os senadores. O senador Osmar Dias (PDT-PR) também apoiou a causa e prometeu levar a questão para a reunião de sua bancada com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro. Mário Couto também agradeceu o apoio transmitido, em bilhete, pelo senador Papaléo Paes (PSDB-AP), que presidia a sessão.

Pará

Por último, Mário Couto criticou a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, por não ter feito "absolutamente nada" para os setores de ferro-gusa e madeireiro. Disse estar preocupado ainda com o desemprego que a governadora estaria disseminando no estado.



02/04/2008

Agência Senado


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