Mário Couto registra sua insatisfação diante da absolvição de Renan
Em pronunciamento nesta segunda-feira (17), o senador Mário Couto (PSDB-PA) registrou sua insatisfação diante do resultado da sessão extraordinária do Senado Federal da última quarta-feira (12), que, por 40 votos contrários, 35 favoráveis e 6 abstenções, rejeitou o projeto de resolução que recomendava a perda de mandato, por quebra de decoro parlamentar, do senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
O presidente do Senado respondeu a esta primeira representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar por supostamente ter tido despesas pessoais pagas por um lobista.
Para Mário Couto, há que se lamentar não apenas o resultado da votação, mas a forma como foi realizada - voto secreto, em sessão secreta, conforme determinam a Constituição federal (art. 55) e o Regimento Interno do Senado (art. 197). Ele defendeu a revisão imediata dessas regras, e criticou, ainda, o recurso à abstenção. Para ele, os seis senadores que fizeram essa opção cometeram a "mais absoluta e cruel covardia com o povo brasileiro".
- Infelizmente, a crise não acabou. Há mais processos vindo por aí. Por isso, nessas próximas semanas, vamos abrir o voto. É o que a população exige; é o que o Brasil quer - disse.
Ao comentarrepercussão, pela imprensa, da decisão do Senado, durante o fim-de-semana, Mário Couto destacou a coluna semanal do jornalista Elio Gaspari, intitulada "Há 46 senadores no lixo, mas não o Senado". Ao se referir ao PT, Couto afirmou que o episódio da última quarta-feira "serviu para que muitos dos que se escondiam atrás das máscaras pudessem mostrar suas verdadeiras faces".
- Será que o PT, outrora, na ansiedade de tomar o poder no país, cometeria o mesmo erro? São verdadeiros lobos vestidos em pele de cordeiro. Que a sociedade brasileira saiba que a oposição, nessa Casa, apesar de ética e respeitosa, não é babaca. Não nos reuniremos mais com Renan Calheiros. Não teremos mais diálogo com o presidente - afirmou.
17/09/2007
Agência Senado
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